Há uma movimentação em curso de Paulo Hartung (PMDB) em Colatina, noroeste do Estado. A estratégia do governador é imprimir seu DNA no ninho socialista. Ele teria demovido o deputado federal Paulo Foletto da ideia de disputar a prefeitura, com o intuito de manter sob controle o palanque a ser formado por uma unisitada aliança entre PSD e PMDB.
A candidatura de Foletto poderia ser um grande palanque para Renato Casagrande em sua disputa indireta com o governador Paulo Hartung. Afinal, as chances de vitória com Foletto à frente do palanque seriam muito mais amplas. Hoje, o palanque, mesmo fortalecido para a disputa, fica sem o peso esperado para abrigar a o embate indireto de Casagrande e Hartung.
Mas essa estratégia de Hartung em Colatina não é um caso isolado. A movimentação em Vila Velha é outro duro golpe nas articulações socialistas. Para minar uma possível articulação PSDB-PSB, Hartung ofereceu apoio a Max Filho (PSDB) para a disputa a prefeito – um plano que ele não tinha em seu horizonte próximo –, com o apoio do DEM e do PMDB.
Com isso, Hartung evita que em 2018 Max e Casagrande possam atuar em conjunto, quem sabe, contra ele. E mais, garante a vitória no maior colégio eleitoral do estado, além de tentar se livrar do estigma de ter eleito Rodney Miranda (DEM) e compartilhar de seu desgaste na disputa à reeleição. Casagrande poderia subir no palanque de Neucimar Fraga (PSD), que foi seu candidato ao Senado em 2014, mas o temor do ex-prefeito em sofrer um embargo do Palácio Anchieta caso eleito, faz com que ele evite a companhia do socialista.
Na Serra, onde Casagrande venceu a disputa contra Hartung em 2014, a jogada foi ainda mais incisiva. O atual prefeito Audifax Barcelos deixou o PSB e se filiou à Rede. Paralelamente iniciou um processo de aproximação com Hartung.
O governador tenta agora tirar o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) do jogo para facilitar a vida de Audifax. Casagrande poderia subir no palanque de Vandinho Leite (PSDB), mas além de o tucano estar se aproximando de Vidigal, ele tem o mesmo receio de Neucimar Fraga.
Casagrande poderia, ainda, subir no palanque de seu ex-vice-governador Givaldo Vieira, mas as animosidades entre PSB e PT em nível nacional inviabilizam a movimentação do ex-governador. Terá que se contentar com palanque de Bruno Lamas (PSB), que não teria o mesmo peso dos demais palanques, assim como o de Givaldo também não teria.
Para Casagrande é vital sua movimentação nos palanques dos aliados nas disputas deste ano para que sua musculatura política e o recall fiquem em alta com o eleitorado. Mas se não tiver como se encaixar nos palanques que têm sido montados nos municípios, a situação fica mais complicada.
Fragmentos:
1 – O ex-deputado estadual José Carlos Gratz, que nunca escondeu o passado ligado a jogos de azar, provocou o senador Magno Malta (PR), que tem feito campanha contra a legalização de Bingos e Cassinos no Brasil. O senador tem usado esse discurso no programa do partido.
2 – Gratz alega que quando atuaram juntos no Parlamento, Malta fazia viagens com despesas pagas por donos de bingos e desafia o senador a lhe desmentir. A briga entre os dois promete ser quente.
3 – Max da Mata (PDT) e Davi Esmael (PSB) visitaram as obras do Aeroporto de Vitória, representando a Comissão de Obras da Câmara de Vitória. Queriam saber sobre a emissão de pó vermelho nas obras que impactam a cidade.