O Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES) divulgou nesta quinta-feira (23) uma nota reagindo ao discurso do deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) em defesa de seu aliado político, Anderson Pedroni, preso em uma operação policial, na terça-feira (21), no município de Fundão.
Enivaldo diz que prisão de Anderson Pedroni teve cunho político
Na sessão dessa quarta-feira (22), o deputado, que também é secretário-geral do PSD, disse que entraria com uma representação contra a Polícia Civil por causa da operação, que segundo ele, teve viés político. “Existem mãos cabeludas dentro da Polícia Civil tentando ultrajar as pessoas, desrespeitando e interferindo no processo eleitoral”, disse.
Na nota, o sindicato destaca que o deputado afirmou indiretamente que um policial civil da região estaria espalhando conversas contra o ex-prefeito e seria um dos responsáveis por essa ação. “O Sindipol/ES salienta ainda, que, antes de servidor público, o policial também é um cidadão e que a manifestação política livre é um preceito constitucional garantido a todos os brasileiros, portanto, é inválida a queixa do parlamentar”, diz a nota.
Alvará
Nessa quarta-feira, Pedroni e outros dois detidos pela operação do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) foram liberados por um alvará concedido pela Justiça. Além de Pedroni, também deixaram a detenção o diretor da Câmara da Serra, Flavio Serri (PSD), e um empresário do ramo de refrigeração da Serra, que não teve o nome divulgado.
Pedroni foi acusado de pagar propina para os vereadores anularem a sessão de 2011, que rejeitou suas contas à frente da prefeitura na interinidade do prefeito Marquinhos Moraes, cassado por corrupção. Com a anulação, o candidato pediu suspensão de um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a impugnação de sua candidatura a prefeito. Pedroni disputou a eleição em 2016 e foi o mais bem votado do município.
