Como o banco passou a considerar que caixa não é uma função, não queria pagar a verba de caráter pessoal (VCP) por quatro meses, como garantido aos demais descomissionados. “Felizmente, nessa negociação o banco voltou atrás e vai pagar até maio”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Thiago Duda.
Na negociação entre a Comissão de Empresa dos Funcionários e a direção do banco, o Banco do Brasil também ratificou a proposta de não exigir jornada de oito horas para os funcionários que estão em VCP, como escriturários ou em cargo atual de jornada de seis horas. Outra proposta apresentada pelo banco referente às demandas dos sindicatos é a ampliação do programa de readequação de endividamento para que os funcionários que perderam renda com descomissionamento ou descenso, ou seja, realocados em função com valor de comissionamento inferior, possam ajustar suas dívidas à nova realidade financeira.
A representação dos bancários solicitou ao banco um mapa regional com o número de funcionários em VCP realocados em descenso. Também apresentou ao banco uma preocupação com os locais onde houve redução no quadro de funcionário, mas teve absorção de serviços oriundos de agências que foram desativadas. Os funcionários reclamam que a redução na dotação das agências foi feita antes da migração dos serviços, o que tem causado sobrecarga de trabalho e prejudicado o atendimento aos clientes. Os bancários querem um relatório com o número de afastamentos por problemas de saúde, com o objetivo de discutir mais profundamente o adoecimento dos funcionários diante da reestruturação.
Outro assunto discutido na reunião foi a centralização de serviços na Gerência de Pessoas do Banco do Brasil (Gepes) Brasília sem aumento de quadro. A preocupação dos bancários é a queda na qualidade dos serviços. No Espírito Santo, a Gepes também deixou de ser uma unidade com autonomia, passando a ser uma base de apoio subordinada à Gepes do Rio de Janeiro.
Escritórios Digitais
Em relação aos escritórios regionais, foi cobrado do banco o cuidado com a ambiência e ergonomia nessas unidades. A falta de divisórias entre as bancadas, o excessivo número de funcionários em cada sala e a demora na chegada de materiais ergonômicos solicitados foram algumas das dificuldades levantadas. “O banco não está observando a Norma Regulamentadora 17 que estabelece pausas no trabalho a cada 50 minutos no trabalho e jornada de seis horas para quem trabalha com entrada de dados”, lembrou Thiago Duda.