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Afluente do Rio Doce recebe rejeitos de minério da Anglo American

Um mineroduto da Anglo American rompeu na manhã desta segunda-feira (12) no rio Santo Antônio, município de Santo Antônio do Grama, em Minas Gerais, que é afluente do Rio Casca, que por sua vez deságua no Rio Doce, na altura do município de Ipatinga, também em Minas.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o minério de ferro jorrando do duto rompido, por meio de um líquido negro que cai no Rio Santo Antônio. No corpo hídrico, por sua vez, as imagens mostram o leito num vermelho intenso, que escorre pelo rio, atravessando o município.

Segundo comunicado à imprensa publicado pela Anglo American, o vazamento foi identificado às 7h42. O material vazado é chamado de “polpa” e consiste em 70% de minério de ferro e 30% de água.

O fluxo do mineroduto foi interrompido e, neste momento, apenas água está sendo escoada. Como medida de segurança complementar, a empresa informa que bloqueou o acesso ao local. 

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) interrompeu o abastecimento de água aos moradores de Santo Antônio do Grama e a mineradora está providenciando caminhões pipa para garantir o fornecimento de água para a população afetada.

Do Rio Santo Antônio, em Santo Antônio do Grama/MG, a lama segue para o Rio Casca, no limite com São Pedro do Cerro, de onde alcança o Rio Doce, no limite com o município de São José do Goiabal.

Em seguida, cerca de 50 km de Santo Antônio, margeará o Parque Estadual do Rio Doce, que protege a maior área de floresta tropical de Minas Gerais, com 35.970 hectares, chegando então à cidade de Ipatinga/MG, de onde percorrerá o mesmo percurso da lama da Samarco/Vale-BHP, até a foz, em Regência/Linhares, no norte do Espírito Santo. 

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