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Luta pelos direitos trabalhistas e sociais é tema do Dia do Assistente Social

“Nossa escolha é a resistência: somos classe trabalhadora!” é o tema do Dia do Assistente Social de 2018, comemorado todo 15 de maio. No Espírito Santo, o Conselho Regional de Serviço Social – 17ª Região (CRESS-17) realiza uma série de atividades durante todo o mês em Vitória, São Mateus (norte) e Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado). 

 

O enfoque, ressalta a presidente do CRESS-17, Pollyana Pazolini, está demarcado no Código de Ética da classe. “Não existe neutralidade. Nós temos um lado, que é a classe trabalhadora”, afirma.

O posicionamento político, enfatiza a presidente do Conselho Regional no Espírito Santo, se faz ainda mais necessário dentro da conjuntura atual. “A classe trabalhadora tem sido esmagada e seus direitos têm sido retirados por um governo ilegítimo”, acusa, citando como um dos exemplos máximos a PEC 95, que congela os gastos na Saúde e Educação. “Isso coloca limitações muito sérias no nosso trabalho. Sem orçamento não se faz políticas púbicas”, protesta.

Para superar as limitações institucionais, ressalta Pollyana, é preciso a união de toda a classe trabalhadora. “Precisa estar junto aos movimentos sociais, para construir uma outra ordem societária”, salienta. 

O discurso e a postura estão sendo adotados em nível nacional pela classe. “Se no ano de 2017 reafirmamos que na luta de classes não há empate, agora temos que manter nossa resistência nessa luta, pois reivindicações históricas da população brasileira e de toda classe trabalhadora continuam sendo atacadas e desmontadas: nossas políticas sociais, nossas condições de trabalho, nossos empregos. E sabemos que mobilização popular é a principal estratégia de enfrentamento desta conjuntura”, afirma a vice-presidente do CFESS, Daniela Neves.

No Espírito Santo, onde existem cerca de cinco mil assistentes sociais ativos, há agravantes registrados também em outros estados da federação, como a terceirização da Saúde. A prática tem provoca rebatimentos no exercício profissional, alerta Pollyana, “tanto nas condições de trabalho, na infraestrutura dos espaços, quanto nos baixos salários e no aspecto repressivo, de gestões autoritárias contra os profissionais, que forçam uma postura assistencialista, de compromisso com a instituição e não com o usuário”, conta, lembrando que os casos de repressão estão sendo denunciados sistematicamente pelo Sindicato dos Trabalhadores de Saúde do Espírito Santo (Sindisaúde/ES).

Reivindicações históricas

A programação capixaba em comemoração ao Dia do Assistente Social teve início no dia nove de maio. Na próxima terça-feira (15), acontece o IX Encontro Capixaba de Assistentes Sociais, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com atividades ainda nos dias 18, 23, 25 e 29.

Relacionando-se com o tema central, da Resistência, os seminários e debates abordam também as lutas antimanicomial e antiproibicionista e a violência sexual infantil.  “São bandeiras de lutas e reivindicações que dialogam com as reivindicações históricas da classe trabalhadora”, afirma a presidente do CRESS-17.

Todos esses temas, lembra Pollyana, têm ainda, como pano de fundo, a campanha aprovada em 2017, no 46º Encontro Nacional dos Assistentes Sociais, em Brasília: “Assistentes sociais em combate ao racismo”. “O debate sobre o racismo continuará presente em todas as nossas atividades, no triênio 2018-2020”, afirma.

Confira a programação completa no site do CRESS-ES

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