Quarta, 24 Abril 2024

Colnago amplia chance na disputa à Câmara se Norma for impugnada

Colnago amplia chance na disputa à Câmara se Norma for impugnada

Com uma campanha sem muita consistência à Câmara Federal, o vice-governador César Colnago (PSDB) poderá ser o principal beneficiário caso o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) aceite o pedido de impugnação da candidatura à reeleição da presidente do DEM, deputada Norma Ayub, com base na Lei da Ficha Limpa.  


O cancelamento do registro de Norma, que é mulher do deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), foi solicitado nessa quinta-feira (23) pelo Ministério Público Eleitoral, gerando uma intimação à deputada e à coligação “Espírito Santo Forte”, que deve apresentar esclarecimentos até a próxima sexta-feira (31).  


Norma integra a coligação formada pelo PDT, PSDB, DEM, SD, PRP e PSD. As estimativas de lideranças políticas apontam como garantidas a reeleição do deputado Sérgio Vidigal (PDT) e a eleição do ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PSD). 


A terceira vaga da coligação, de acordo com projeções do mercado político, seria disputada por Norma Ayub e César Colnago. Há ainda o deputado federal Jorge Silva (SD), também candidato, embora com chances reduzidas. 


A denúncia contra Norma e a coligação, no entanto, é considerada difícil de prosperar, por já ter sido apresentada em 2016. A ação foi instaurada depois da construção de um banheiro em área de preservação permanente, quando ela era prefeita de Itapemirim, no sul do Estado. Ela foi condenada e, por esse fato, se tornara inelegível. 


O  vice-governador César Colnago, presidente do PSDB no Estado, vem de um desgaste desde 2017, quando o partido aceitou a imposição do governador Paulo Hartung tanto na disputa interna para o comando da sigla quanto para filiar o então secretário de Agricultura, Octaciano Neto, em quem Hartung apostava todas as fichas para elegê-lo deputado federal. 


As insatisfações provocaram uma debandada do partido, com crises acentuadas nos diretórios de Vitória, Vila Velha e Serra. Deixaram a sigla o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, e o deputado estadual Sergio Majeski (PSB), entre outras lideranças.   


O prefeito de Via Velha, Max Filho, permanece no partido, mas fortalece grupos contrários a Colnago, inclusive de outras agremiações partidárias, como seu ex-vice-prefeito Jorge Carreta (Avante), candidato a deputado federal, para o qual faz campanha abertamente.  


Como se isso não bastasse, César Colnago tentou liderar um grupo depois da desistência à reeleição do governador Paulo Hartung, colocando-se como candidato ao governo do Estado. Mas não obteve êxito. 


Desse modo, perdeu a condição de direcionar o partido, que passou a ser controlado pelo senador Ricardo Ferraço, coligando-se como base de apoio a Renato Casagrande (PSB), justamente o candidato que seria alvo da campanha de Colnago, caso tivesse dado certo seu desejo de disputar o Palácio Anchieta.  

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