Terça, 16 Abril 2024

Diretoria se une contra presidente do Sindicato dos Ferroviários

Diretoria se une contra presidente do Sindicato dos Ferroviários

Um jornal que está circulando esta semana expôs um racha no Sindicato dos Ferroviários (Sindfer- ES/MG). A publicação revela que diretores da entidade se uniram e estão contra o atual presidente, João Batista Cavaglieri, por considerarem que o líder sindical é inoperante na defesa da categoria. 


O Jornal da Categoria, edição de agosto deste ano, diz que: “Diretores sindicais tomam atitude inédita e rompem com o atual presidente do Sindfer, João Batista Cavaglieri. A decisão foi tomada em conjunto entre diversos diretores do Sindfer, atendendo um pedido maciço da categoria ferroviária, que não aguenta mais tanto descaso e arrogância por parte do atual presidente”.



E completa: “Mesmo com um cenário tão favorável e promissor para a empresa [Vale], entra ano e sai ano, a história sempre se repete e o trabalhador é lesado com perda de benefícios em detrimento do aumento do lucro para os acionistas”, denuncia a publicação. 


Em julho deste ano, componentes da oposição à atual gestão do Sindicato dos Ferroviários (Sindfer-ES/MG) cobram da entidade o início das negociações do Acordo Coletivo Regional de Trabalho – ACT Regional 2018/2018, cujo prazo já venceu em maio deste ano, sem que qualquer intermediação em favor dos trabalhadores tenha sido feita. A oposição – chamada de Coletivo Cebolão - enviou um ofício a João Batista Cavaglieri, na última semana, cobrando explicações. 


O documento fez uma série de cobranças, entre elas, a convocação de uma assembleia geral para que se informe e esclareça o desenvolvimento das negociações do ACT Regional com a Vale. Além disso, a formação de uma Comissão Negociações de Base e um Comando de Mobilização Aberto, eleitos na Assembleia, para manter a categoria vigilante e, se necessário, organizar atos e manifestações para pressionar pela pauta de reivindicações. A ideia é 'acabar com a paralisia e inércia do presidente João Batista Cavaglieri e do Sindicato no trato das negociações do ACT Regional”, diz o documento, assinado por Adir Barbosa da Cruz, um dos líderes da oposição.


“Resolvemos agir diante da preocupação de vários segmentos dos trabalhadores do Porto, Dipe, ferrovia e aposentados”, disse Adir Barbosa. Segundo ele, a pauta é fundamental para os interesses e a vida dos trabalhadores e seus familiares. “Até o momento, não está havendo nenhuma mobilização, não há nenhuma reunião ou forma de divulgação e transparência quanto às discussões sobre esse acordo regional, sendo que outros sindicatos já finalizaram suas respectivas negociações”, explicou.


Reivindicações



Entre as reivindicações dos ferroviários estão: reajuste da diária que atualmente encontra-se defasada; reajuste e inclusão do tíquete-refeição no ACT Regional; isenção do estacionamento do pessoal de Tubarão; e proibição de antecipação do horário dos maquinistas de viagem, sob pena de pagar como hora extra, caso isso ocorra.

 

Também: compensação de horas, transporte para os maquinistas que residem em Aymorés e Baixo Guandu; trocas de escala para os trabalhadores do “turnão”, subsídios da Vale para custear parte do Plano de Aposentadoria dos Aposentados da Vale (Pasa), passeios na Floresta para aposentados e ativos, entre outros.


Processo judicial



Nas últimas eleições, em 2016, a chapa 2–Cebolão sequer conseguiu concorrer. Venceu a 1-Raízes, única e da situação, reconduzindo Cavaglieri. Os ferroviários da oposição, então, decidiram entrar com um processo judicial, que investiga uma série de irregularidades na última votação. O processo, cuja próxima audiência está marcada para o dia 21 de setembro, pode cancelar o resultado e iniciar um novo sufrágio.

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