Quinta, 28 Março 2024

Livro: Memórias Pessoais

Livro: Memórias Pessoais

A proposta era somente falar sobre meu trabalho no rádio, mas não poderia deixar de registrar bons momentos fora dele, com os amigos, a faculdade, o trabalho político e a experiência digital.


Universidade


Sou formado em Administração pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), turma ano 76. Uma turma boa, tanto os colegas como os professores. Lembro-me bem de colegas inseparáveis: Ruth Storch, Evandro Damasceno, Jair Biccas, Edmara Lucia, Luciana Dantas e Otacilinho Coser.


Professores como Stélio Dias, Manoel Vereza, Ali da Silva, Mario Herkenhoff, Marcelo Basílio, José Vieira Coelho, entre outros.


Lojas Helal


Paralelo ao rádio, tive uma passagem nas Lojas Helal, na época a principal loja de departamentos da capital. Eles abriram uma pequena loja nos fundos, onde se comercializava discos e motocicletas, gerenciado por Zaki Helal, que mais tarde, junto com o cunhado Paulo Cesar Tomazzi, criaram a Helal Motor Racing (HMR), na Avenida Vitória.


Lembro-me de um fato marcante nessa época. Estava na Rádio Capixaba e nas Lojas Helal. Paulo César, que já mexia com motores de carros, sempre ia correr em São Paulo em nome da HMR. Ganhava sempre.


Havia conseguido junto a Zaki e Paulo que fosse estampado o nome Rádio Capixaba ES no vidro dianteiro do possante Passat de Paulo César. Assim o fizeram. Uma vez, pronto para correr, já na pole como sempre, alguém por lá perguntou a Paulo: “Ué, você é patrocinado por uma rádio?” Resposta imediata de Paulo: “ Sim, sou, é para narrar todos aqueles que vem atrás de mim”. Pronto, calou o individuo e foi primeiro mais uma vez. 


Paulo Cesar Tomazzi foi um dos maiores pilotos do Espírito Santo e do Brasil.


Escelsa


Uma grande amiga e vizinha, que trabalhava na Escelsa, sabedora que eu acabara de me formar na Ufes e que trabalhava em comunicação, indicou meu nome para compor a equipe da Assessoria de Comunicação da Escelsa.


Marcos Conde, profissional da área, veio especialmente da Eletrobrás com esse intuito. A nossa secretária chamava-se Marinete Silvestri, muito eficiente. O jornalista João Barbirato era o responsável por tudo que se relacionava com imprensa e eu com o corporativo.


João Barbirato foi inesquecível. Já veterano, trabalhava à noite na Gazeta. O prédio Galerão era parede com parede com a Gazeta na Gal Osório, no centro da cidade. Muito sarcástico Barbirato tinha um humor negro. Foi com ele que aprendi que esses jornaizinhos de empresa, boletins e etc. não valiam nada.


Ele dizia: “Zé, sabe o que fazemos com esse monte de jornais-boletins que chegam lá redação da Gazeta? A gente treina basquete sem nem olhar. Vão diretos para a cesta de lixo”. Desse dia em diante lembro-me dele toda vez que vejo ou recebo esse tipo de comunicação impressa.


Política


Um período ao lado de políticos. Começou com Ruy Crespo. Por ser bastante popular como apresentador de jornal da TV Gazeta, Ruizinho se tornou vereador. Trabalhamos juntos em seu gabinete no Palácio Bebeto Campos Viváqua. Posteriormente fizemos uma grande e cansativa campanha para deputado estadual. Só que Ruy não conseguiu se eleger. Mas foi igualmente enriquecedora.


Mônica, devido À grande amizade, veio a ser assessora da deputada Rose de Freitas, então cumprindo mandato federal em Brasília. Os finais de semana eram com as famílias juntas, desde época de Huguinho Borges. Ouvi muitas conversas dela com políticos, vi muitos deles em sua casa em Vitória, vi muitos esquemas de Huguinho.


Estive em Brasília algumas vezes e a acompanhei em suas andanças pelos corredores da Câmara e do Senado. Presenciei inúmeras vezes o relacionamento dela com seus pares. Sempre foi muito ouvida e respeitada. Aprendi os meandros da política caminhando com ela. Tanto por parte da família de Huguinho, como de Rose, sempre fui bem recebido, principalmente pelos irmãos da deputada, atualmente senadora pelo Podemos.


Século Diário


Por volta de 2004, em um intervalo sem emprego, o jornalista Rogério Medeiros me encontra e diz que poderia me ajudar, que eu poderia escrever sobre comunicação no seu Século Diário. Que ali poderia ser uma vitrine. Aceitei com prazer e temeroso ao mesmo tempo. Atuar onde escrevia nomes como o dele, José Maria Batista, Stenka do Amaral, Ubevalter Coimbra, Joaquim Nery e outros, não era fácil.


Dias depois surgia o convite da Rádio América. Para mim o Século Diário foi e é uma eterna vitrine. Outro fato importantíssimo foi que o Século transmitiu por uns tempos a Rádio Século, uma radioweb criada por mim, Américo Rocha (Grão Mestre) e José Maria Gaudio. Mas foi por pouco tempo.


Agora, a chance de publicar essas memórias através deste jornal online. Do jeito digital, fácil de ler e através deste enorme némero de acessos. Agradeço a Rogério Medeiros por tudo, desde dia que ele parou seu fusquinha na calçada em que eu estava, prestando-me solidariedade profissional, coisa de 30 anos atrás. 


Muito obrigado.       


CRONOLOGIA PROFISSIONAL




1965 Radio Cachoeiro ZYL-9

1969 Radio Vitoria

1972 Lojinha Helal

1974 Radio Capixaba

1976 Escelsa e Radio Capixaba

1979 FM Tribuna 

1982 Tropical FM

1982 Radio ES

1983 Cachoeiro Idalecinho Carone

1984 TVE Governo do Estado

1984 Radio Tribuna AM

1989 Radio Gazeta AM

1990 Estados Unidos

1995 Sistema Gazeta de Rádios

1999 Tropical FM segunda parte

2000 Jovem Pan São Mateus

2002 TV Assembleia

2003 Radio Vitoria Grupo Buaiz

2004 Século Diário

2004 Radio America

2005 Rede Sim


Vitoria 2017-2018

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