Sexta, 19 Abril 2024

Lixo químico da antiga Cridasa preocupa moradores

Lixo químico da antiga Cridasa preocupa moradores

Frascos e resíduos de produtos químicos produzidos pela extinta Cridasa, abandonados há mais de oito anos na área onde funcionava a empresa, está preocupando a comunidade de Cristal do Norte, em Pedro Canário, no extremo norte do Estado.



Uma denúncia formal (Denúncia nº 42, de 19 de julho) já foi feita no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). “Comunidade de Cristal do Norte em risco. Focos de dengue, além de produtos químicos expostos ao tempo, com potencial elevado de contaminação do solo e até do Rio Itaúnas, que abastece a comunidade”, informa o formulário, ainda sem resposta do órgão.



Nas redes sociais, populares também denunciam o descaso por meio de vídeos, fotos e alertas. “A morte está à sua espera na antiga Cridasa, em Cristal do Norte”, alerta uma das postagens, feita por Juscelino Rosa de Oliveira, que além de morador, era empregado da Cridasa, atuando como analista químico.



“Produtos químicos não foram retirados como deveriam e estão expostos, onde ficava o laboratório. Pior ainda: frascos que guardavam produtos químicos não foram retirados e corre o risco de alguém que não conhece, manuseá-los e correrem perigo de se contaminar. Vidros quebrados, que são um perigo, pois eram frascos que guardavam puro veneno, sem contar que pode existir focos de dengue com tanta água parada que tem por lá”, descreve o ex-empregado.



“Não imaginava que depois de oito anos de fechada, ninguém viria pegar os resíduos de produtos químicos”, indigna-se. “Precisamos divulgar pra que seja tomada uma atitude urgente. A situação é feia dentro da empresa”, reclama Juscelino. “Empresa-fantasma, porque lá só existem os problemas do passado”, emenda.



Saneamento básico



Há meses a comunidade também vem denunciando a inoperância da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) e do município com o saneamento básico em Cristal e outras localidades de Pedro Canário, onde diversos problemas na coleta e tratamento – deficitária ou inexistente – têm contaminado seriamente os córregos locais, que deságuam no Rio Itaúnas.


 

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