O meu, o nosso dinheiro...

A campanha eleitoral mal começou, de fato, e a Assembleia Legislativa, que já vinha capengando nas votações, segue em ritmo de tartaruga. A sessão desta segunda-feira (20) repetiu o enredo dos últimos tempos. Durou pouco mais de uma hora, ficando só nos discursos, e logo caiu, sem votar qualquer projeto de interesse da sociedade capixaba. Quando Sergio Majeski (PSB) pediu recomposição de quórum, eram somente cinco os deputados em plenário! Isso mesmo, cinco de 30 parlamentares! Um absurdo, principalmente se considerar que os prejuízos ao Estado são única e exclusivamente para atender aos interesses próprios dos deputados, a maioria na disputa em busca da reeleição, com alguns candidatos também a outros cargos. Nunca é demais lembrar que o presidente da Casa, Erick Musso (PRB), prometeu agir com rigor nesse período. No entanto, nem ele tem marcado a devida presença, deixando sua função para os demais integrantes da Mesa Diretora, como ocorreu nesta segunda, com a condução dos trabalhos primeiro por Marcelo Santos (PDT), e, no final, por Enivaldo dos Anjos (PSD). Está aí a prévia do que deverá ocorrer até 7 de outubro. Se essa conta chega...

Atrás do prejuízo

Com riscos de ficar pelo caminho, apesar do cargo que ocupa, e em viés de baixa no próprio reduto, Aracruz (norte do Estado), os comentários são de que Erick corre atrás dos eleitores para tentar garantir sua cadeira. O governador Paulo Hartung já teria, inclusive, acionado seus interlocutores em outra região, o sul do Estado, para socorrer o aliado.

Atrás do prejuízo II

A estratégia seria tentar transferir os votos do agora conselheiro Rodrigo  Coelho, ex-deputado pelo PDT, para Erick Musso. Coelho tem reduto em Cachoeiro de Itapemirim.

Bate-rebate

Entre as poucas coisas que aconteceram nesta segunda na Casa, mais uma tentativa de Enivaldo de mostrar “as maravilhas” promovidas pela gestão de Hartung. O deputado repetiu que o “próximo governo pegará um Estado com as contas em dia”. Houve reação de Bruno Lamas, do partido de Renato Casagrande (PSB), falando que Hatung também herdou o mesmo cenário. Parou por aí.

Na mosca

As previsões do pleito feitas pela primeira liderança política entrevistada por Século Diário, Ademar Rocha (Avante), foram divulgadas na sexta-feira (17), antes da pesquisa Ibope. Mas os resultados são semelhantes. Ademar disse que Renato Casagrande (PSB) está com a eleição garantida (a pesquisa dá vitória no primeiro turno) e Rose de Freitas (Podemos) chegaria a outubro com 20% a 30% de votos (ela já aparece com 13%).

Na mosca II

Ele também acertou na projeção ao Senado, ao apontar que Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB) levariam sem dificuldades – Magno aparece com 54% das intenções de votos e o tucano com 46%. Moleza, moleza...

Panorama

Além de Ademar Rocha, Século ouvirá outras lideranças estratégicas e conhecidas do mercado por seus cálculos eleitorais, para oferecer ao leitor um panorama do pleito deste ano. Nas épocas das famosas e muitas vezes polêmicas Estrelinhas de Século Diário, o índice de acerto nunca foi inferior a 85%.

Sem a marca

Por falar na pesquisa do Ibope, os números mostram que o deputado federal Carlos Manato (PSL) vai ter que suar a camisa para conseguir herdar por tabela os votos do presidenciável Jair Bolsonaro (RJ) no Estado. Enquanto Bolsonaro lidera com folga, Manato tá longe, longe, com inexpressivos 4%.

    

Lugar cativo

O ator e diretor José Luiz Gobbi segue arrebatando contrato no governo do Estado, por inexigibilidade de licitação. Desta vez irá ministrar três cursos para os delegados de Polícia Civil, de “Qualificação dinâmica de gestores para uma comunicação proativa de liderança - Media Training. Valor: R$ 54 mil, como publicado no Diário Oficial desta segunda-feira.

Lixo

A empresa Fortaleza Ambiental Gerenciamento de Resíduos Ldta, que apareceu na polêmica do lixo em Fundão por ter sido preterida em um esquema denunciado no ano passado pelo Ministério Público Estadual (MPES), venceu a concorrência pública para realizar os serviços de limpeza urbana em João Neiva, norte do Estado. O contrato soma R$ 3,2 milhões, com duração de um ano. 

PENSAMENTO:

“No Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa”. Luis Fernando Verissimo