Quinta, 28 Março 2024

‘O que passou, passou’

‘O que passou, passou’


Precisou o governador Paulo Hartung ser “pego no pulo do gato”, como bem definiu o deputado estadual Sergio Majeski (PSB), para, enfim, ter alguma regra no uso das aeronaves da frota estadual. Pelo menos é o que garante decreto (Nº 4305-R) publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (11), um mês depois do acidente em Domingos Martins que transportava Hartung e sua mulher, Cristina Gomes, e que gerou repercussão negativa na imprensa e entre a população, já que não havia agenda oficial naquela data (plena sexta-feira), além de ser a região o destino preferido do governador, que tem uma mansão em Pedra Azul. O ato trata do “Requerimento de Transporte Aéreo Institucional”, que deve reunir informações como agenda, data, ida e retorno, horário estimado, destinos e passageiros previstos, objetivo e solicitante (nome e cargo). Depois, caberá às secretarias da Casa Militar (SCM) e de Controle e Transparência (Secont), após os procedimentos de encerramentos dos voos, disponibilizá-las nos sites das pastas e no Portal da Transparência. Tudo que Majeski sempre quis saber, com solicitação oficial desde o ano passado e projeto apresentado recentemente, porém, mantido a sete chaves pelo governo. Espertamente, Hartung joga a obrigação para o próximo comandante do Palácio Anchieta, sem abrir a parte da história que lhes cabe nos chamados “gastos sigilosos”. Agora ficou fácil ditar regras...muito fácil...


Dinheiro público

Depois do ocorrido nas montanhas e de ter seus questionamentos ignorados pela Casa Militar, Makeski apresentou outro dia um projeto que pretendia exatamente isso: disponibilizar no Portal da Transparência informações detalhadas sobre o uso dos helicópteros. Outra medida foi que o Tribunal de Contas realize inspeção e auditoria nos tais “gastos sigilosos”, que somam R$ 40 milhões entre 2015 e 2018.


Missão impossível

O deputado, como se sabe, queria mesmo era uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o uso irregular do helicóptero da Polícia Militar (PM) por Hartung. Mas, aí, só mudando a Assembleia praticamente inteira. Por enquanto, é “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.


‘Quase lá’

O candidato ao governo, Aridelmo Teixeira (PTB), que se coloca como defensor do legado de Hartung, comemora nas redes sociais de ser “a campanha que mais cresceu” no Estado, segundo a pesquisa Ibope (TV Gazeta) divulgada nesse final de semana. Passou de 1 para 3%. ‘Tá certo’...


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Não tem aquele caso da licitação milionária da Secretaria de Comunicação (Secom), suspensa pela Justiça? Então, a auditoria da Secretaria de Controle Externo de Fiscalizações Não Especializadas (SecexMeios) confirmou as irregularidades denunciadas pelo Ministério Público de Contas, bem como a conduta dolosa dos superintendentes Andréia Lopes (estadual) e Altamiro Enésio (administrativo financeiro).


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Para quem não se lembra, trata-se de uma concorrência pública para contratação de serviços de comunicação digital para a gestão Hartung, com valor estimado em R$ 7,3 milhões, mais que o dobro do certame que a antecedeu (01/2016), de R$ 3,1 milhões, e que foi revogado em 2017. Conhecido por gastar horrores com seu próprio marketing pessoal, desta vez, o governador ficou a ver navios.


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Caso a investigação se encerre assim, entre os pedidos de pena estão as inabilitações de Andréia e Altamiro para o exercício de cargo de comissão ou função de confiança por cinco anos e multa. A conferir!


Promessas, apenas...

O deputado estadual Euclério Sampaio (DC) voltou – com razão – a destacar a omissão do governo do Estado em não obrigar a implantação de telas de proteção na Terceira Ponte pela concessionária Rodosol. Toda vez que tem um caso como o dessa segunda-feira (10), Hartung diz que vai fazer e acontecer. Mas o tempo passa e ele se finge de morto.


Segue...

Como autor de projeto nesse sentido, sempre barrado pela Assembleia a mando do governo, Euclério tem prerrogativa para criticar. Aliás, assim como Hartung, tem deputado que só aparece, também, nessas horas.


Mais?

Como nunca falta, saiu outro crédito suplementar do governo para o Ministério Público Estadual (MPES). Valor: R$ 5,2 milhões. Outro dia teve um na mesma “casa” e, antes, acima de R$ 8 milhões. Vai somando...


PENSAMENTO:

"O princípio é a metade do tudo”. Pitágoras 

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