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Sim, senhor!

Nesta quarta-feira (29),  a Assembleia vai aprovar o Orçamento de 2018. Veja bem, a coluna não disse que a Casa vai votar ou discutir a matéria, mas que vai aprovar. Alguém tem dúvida disso? Alguém duvida também que os destaques que serão apresentados serão prontamente rejeitados pelo plenário da Assembleia?
 
A trama segue o mesmo enredo há anos, chega a ser cansativo. O governo envia a proposta, os deputados membros da Comissão de Finança fingem que fazem audiências públicas para receber sugestões da população, fazem o relatório, aprovam na comissão, rejeitam as emendas dos desalinhados com o Palácio Anchieta e a matéria é aprovada do jeito que foi enviada para o Legislativo. 
 
Faz parte do perfil absolutista do governo atual, que entende que apenas ele pode ter o controle do caixa do Estado. Ou entende que os deputados não têm capacidade de saber quais as áreas precisam de mais recursos ou acha que não precisa ouvir ninguém. Na verdade, o governo não precisa dizer nada, os próprios deputados já se colocaram nessa situação. Já entendem que não podem fazer alterações na peça Orçamentária. 
 
Para isso, o governo se compromete a conceder R$ 1,2 milhão para cada deputado acariciar sua base. O problema é que desde que retornou ao Palácio Anchieta, Hartung não vem cumprindo esse acordo. E mesmo assim, os deputados, pelo menos a maioria, continuam sendo cordeirinhos. Mesmo podendo mexer em toda a peça orçamentaria, deixam de cumprir suas prerrogativas. 
 
Com dificuldades de se movimentar pelo Estado, com o eleitor arredio e algumas novidades ameaçando suas cadeiras,  os parlamentares ainda acreditam que o governador Paulo Hartung poderá salvar seus mandatos. Ainda não perceberam que o único mandato que Hartung vai tentar salvar no próximo ano é o próprio. 
 
Também não perceberam que os únicos deputados que cresceram nos quatro anos de legislatura, foram justamente aqueles que não contaram com emendas ou agrados do governo para fazer seu trabalho: Sergio Majeski (PSDB) e Padre Honório (PT).
 
Fragmentos:
 
1 – Mesmo com o movimento do líder do governo Rodrigo Coelho (PDT) para que os deputados estaduais não assinassem os pedidos de destaque das emendas, o plenário não negou apoio ao pedido do deputado Theodorico Ferraço (DEM). O requerimento com mais de 120 destaques integra o Expediente da Casa.
 
2 – A Caravana do ex-presidente Lula chega ao Estado na próxima segunda-feira (4) e a primeira atividade será às 18 horas na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. Depois disso, a próxima agenda será no dia seguinte, na terça-feira (5), em Cariacica, onde Lula visita o campus Cariacica do Instituto Federal do Espírito Santo.

 

3 – Já que a onda é desomenagear, não teria como revogar a naturalidade da tal Dayane Alcântara Couto de Andrade? A socialite racista, que infelizmente é capixaba, está degradando a imagem do Estado.

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