Os trabalhadores técnico-administrativos em educação das universidades federais do Brasil começam uma greve nacional por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (17). Neste dia, a partir das 10 horas, será realizada uma assembleia geral da categoria, na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Ufes (Sintufes), no campus de Goiabeiras, em Vitória.
A assembleia vai deliberar, dentre outros pontos, a manutenção dos serviços considerados essenciais; a criação e destinação do fundo de greve, para toda a categoria (sindicalizados e não sindicalizados); e as negociações da pauta de reivindicações dos servidores.
O Comando de Greve do Sintufes definirá locais de concentração dos trabalhadores em cada um dos campi, bem como coordenará as ações e manifestações durante os dias de greve. A greve que terá início uma vez que o governo federal não acenou com propostas nas últimas reuniões com a entidade que representa a categoria.
De acordo com a entidade, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) fez reuniões com o governo, e nada foi apresentado. Não houve nada de concreto para atender às reivindicações nem por parte do Ministério da Educação e nem por parte do Ministério do Planejamento, só promessas de reuniões futuras. Por isso, a deflagração da greve se tornou inevitável.
No Estado, os trabalhadores dos campi da Ufes de Goiabeiras e Maruípe, em Vitória, os de Alegre, no sul do Estado (Centro de Ciências Agrárias, no Sul do Estado) e os de São Mateus, no norte (Centro Universitário do Norte do ES) vão participar do movimento paredista.
Os trabalhadores técnico-administrativos do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), o Hospital das Clínicas – campus de Maruípe – também vão aderir à paralisação.
Durante o movimento grevista, no Hucam, os setores de marcação de consultas e consultas ambulatoriais de clínica geral, pediatria geral, ginecologia entre outros procedimentos não serão realizadas normalmente. A categoria deve manter nesses locais um efetivo mínimo de 30% dos trabalhadores. Apenas serviços de internação e cirurgia, além das consultas de programas especiais (diabetes, oftalmologia, câncer, aids, tuberculose, hanseníase entre outros) não serão afetados pela paralisação.
Já nos campi (Goiabeiras, Maruípe, São Mateus e Alegre) os trabalhadores devem manter o efetivo de 30% nos colegiados e secretarias de cursos, pró-reitorias e demais setores. Com isso, o funcionamento de serviços de matrícula, bibliotecas, restaurantes universitários será afetado pela paralisação.
A greve foi deliberada pela plenária nacional da Fasubra, no dia 09 de fevereiro, e vai atingir quase 50 universidades federais em todo o País.
Os trabalhadores reivindicam melhorias na carreira, reposicionamento dos aposentados, jornada ininterrupta de trabalho, cumprimento integral do acordo de greve de 2012, revogação do contrato dos hospitais universitários com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entre outros pontos.