A Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana publicou nesta segunda-feira (18) a formação da Comissão de Estudos Técnicos e Avaliação das Ações de Implantação e Manutenção do Sistema Cicloviário de Vitória.
De acordo com a publicação, a comissão será formada pelo secretário de Transporte, Max da Mata, e pelos representantes da secretarias de Desenvolvimento da Cidade, de Gerências Regionais, de Gestão Estratégica, de Serviços e Segurança Urbana, além de um representante do Conselho Popular de Vitória (Robson Willian Almeida da Costa); da Federação Espírito-Santense de Ciclismo, Bruno Barbiero Moraes, e três representantes da sociedade civil organizada: Marcelo Ferreira Xavier, Dora Alves Moreira e Paulo José Lindoso.
Entre os objetivos da comissão estão a avaliação de projetos relacionados ao sistema cicloviário; o compartilhamento de bicicletas; definição de paraciclos; mudanças na legislação municipal; bicicletários; manunteção de cicloviais e ciclofaixas; sinalização horizontal e vertical de ciclovias e ciclofaixas; faixas compartilhadas com “Bike Box”, vestiários; campanhas educativas e de fiscalização.
Para os ciclistas, a criação da comissão cumpre uma promessa feita pela própria administração pública de compartilhar e ouvir os ciclistas sobre as questões inerentes aos projetos do sistema cicloviário em Vitória. Porém, já na fase estrutural, deixou de lado seu principal papel: o de interagir com os ciclistas.
A promessa feita pela administração pública, defendem os ciclistas, é que os nomes indicados a ocupar a vaga da sociedade civil seriam indicados e discutidos entre os usuários de bicicletas, que desde junho mantém debate com a administração pública, mas isso não ocorreu. De acordo com eles, a Setran não comunicou os ciclistas, que esperavam definir os nomes dos representantes a partir de um consenso.
A cobrança entre os ciclistas é, portanto, que a administração cumpra o prometido e acolha as indicações feitas pelas entidades que representam o setor para a ocupação das vagas da sociedade civil organizada.
“Assusta-nos a informação porque não nos ouviram como prometido. Outro ponto é que pediram para o CUC indicar um representante que não está listado entre os nomes publicados pela Setran”, disse Detinha Son, do Movimento Ciclistas Urbanos Capixaba (CUC).
Ela lembrou que a mesma falta de comunicação ocorreu quando a Prefeitura de Vitória lançou campanha educativa com o objetivo de promover um convívio respeitoso entre ciclistas, pedestres e motoristas nas ruas da Capital, mas não houve, segundo ela, a prometida consulta aos usuários de bicicletas antes do lançamento.
Na ocasião, a campanha foi criticada por deixar de lado os 1,5 metros de distância que deve ser respeitado pelos motoristas. A campanha também e aconselha o ciclista, nos trechos sem ciclovias e ciclofaixas, a pedalar próximo ao meio fio, o que é considerado arriscado.