A empresa Liquiport S/A, responsável pela construção de tanques de combustível na Grande Paul, está ignorando o apelo da população para não construir novas estruturas na região. De acordo com o deputado Roberto Carlos (PT), a empresa entrou com um recurso no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para retomar as obras embargadas.
Na reunião, realizada para repassar informações ao movimento comunitário sobre o andamento de processo de embargo das obras, o deputado pediu que a comunidade, que desde 2007 se opõe aos tanques, se mantenha como protagonista desta luta.
“Nossa sugestão é a realização de um abaixo-assinado com moradores do bairro. Também estamos solicitando ao Instituto de Tecnologia da Ufes (Itufes) um estudo sobre o impacto das obras para os habitantes da região. Vamos ainda pedir uma reunião com o secretário da Casa Civil do Estado, Thiago Hoffmann, para que os moradores mostrem sua preocupação sobre o tema”, enumerou Roberto Carlos.
O deputado afirmou ainda que os tanques de combustível e soda cáustica foram construídos a poucos metros das residências do Morro do Atalaia, representando risco aos moradores.
Ele informou aos moradores que o Ministério Público do Estado (MPES) foi acionado sobre o caso e manifestou que o processo de licenciamento para a construção dos tanques foi obtido com base em premissas e elementos equivocados, além de dispensar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), o que jamais poderia ter ocorrido.
