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Espírito Santo reduz déficit habitacional em 26%, diz Ipea

O Espírito Santo ficou em segundo lugar no ranking de Estados brasileiros que reduziram o déficit habitacional entre os anos de 2007 e 2012. O dado foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira (25), que apontou o estado do Rio Grande do Sul como líder na redução do déficit habitacional (- 31,8%).

 

No País, afirma o Ipea, o déficit de 10% no total dos domicílios brasileiros registrados em 2007 caiu para 8,53% em 2012, o que representa 5,24 milhões de residências. O Estado com maior número de domicílios em situação de déficit é São Paulo (1,12 milhões).
 
“Entre os anos de 2007 e 2012 houve redução sistemática do indicador do déficit habitacional, que passou de 5,59 milhões de domicílios, em 2007, para 5,24 milhões de domicílios, em 2012. Esta redução ocorreu ao mesmo tempo em que houve incremento do número total de domicílios”, diz Ipea.  
 
 
O estudo divulgado pelo Ipea aponta que o déficit habitacional brasileiro reduziu tanto em números absolutos quanto relativos. Segundo a análise, o déficit brasileiro é majoritariamente urbano (85% do total), restando à área rural um número aproximado de 742 mil famílias nesta condição em 2012. Enquanto o déficit urbano praticamente manteve-se estável neste período, o rural caiu em aproximadamente 25%. 
 
A maior redução no período 2007-2012 deu-se no componente habitações precárias (30%), seguida da coabitação familiar (26%). O componente – adensamento excessivo em domicílios locados – teve em 2012 uma leve redução se comparado com o valor obtido em 2007, mas transparece sua estabilidade no período. De 0,94%, em 2007 para 0,83%, em 2012.
 
Entretanto, se na maioria das regiões do País houve queda, no Centro-Oeste, no estado do Mato Grosso do Sul, houve aumento do déficit absoluto. Já o  déficit em São Paulo manteve-se estável, com leve incremento de 0,6% em valores absolutos. Na região Nordeste, apenas os estados do Rio Grande do Norte e Sergipe mantiveram índices crescentes, enquanto no Norte do país, os estados de Roraima, Acre, Amazonas e Roraima apresentaram alta do déficit habitacional. 
 
 
Considerando as regiões metropolitanas, apenas Fortaleza e o Distrito Federal apresentaram elevação do déficit absoluto. Já no que diz respeito ao  déficit habitacional e os estratos de renda das famílias brasileiras, de acordo com o órgão, aproximadamente 74% do déficit era, em 2012, composto por famílias em domicílios com renda de até três salários mínimos, um aumento de 4%, se comparado aos valores observados em 2007. 
 
“Houve redução para as demais faixas:  o estrato com renda domiciliar entre três e cinco salários mínimos apresentou redução de 11,5% no período; no de renda domiciliar entre cinco e dez salários mínimos houve um decréscimo de cerca de 10% na sua participação do déficit; e, o de renda domiciliar acima de dez salários mínimos reduziu sua participação em cerca de 30% no período. Isto reitera que o déficit continua sendo majoritariamente dos domicílios que estão no estrato de renda mais baixo”, informou o Ipea. 
 
Para o Ipea, o indicador divulgado nesta segunda-feira (25) deverá orientar os agentes  públicos responsáveis pela política habitacional na construção de diversos programas que sejam capazes de suprir essas necessidades nas esferas de governo dos municípios, do Distrito Federal, dos estados e da União. 

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