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Advogado de piloto vai entrar com pedido de habeas corpus

O advogado Nicácio Pedro Tiradentes, que representa o piloto do helicóptero transportava 445 kg de pasta base de cocaína, Rogério Almeida Antunes, preso neste domingo (25) em Afonso Cláudio, na região serrana do Estado, disse que o cliente entrou em contato duas vezes com o deputado estadual de Minas Gerais, Gustavo Perrella (SDD), a quem comunicou que faria um frete de implementos agrícolas, segundo ele. 
 
As informações foram passadas ao repórter Luiz Carlos Azenha, do site Viomundo. Segundo Nicácio, Antunes comunicou a saída do helicóptero ao dono da aeronave para fazer o frete antes de sair de Minas Gerais. Portanto, segundo ele, não houve o furto da aeronave, como o deputado chegou a alegar, logo após a apreensão do helicóptero. 
 
O helicóptero estava em nome da Limeira Agropecuária, da família do senador pelo estado de Minas Gerais Zezé Perrela (PDT), de propriedade do deputado estadual Gustavo Perrella, filho do senador. 
 
Rogério Antunes foi preso com o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior; o comerciante Róbson Ferreira Dias; e Everaldo Lopes de Souza em uma propriedade rural de Afonso Cláudio, em uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Militar. 
 
Ao Viomundo, o advogado disse que vai pedir a quebra do sigilo telefônico do cliente para comprovar que as ligações foram feitas. Nicácio disse, ainda, que o deputado não poderia “enlamear” o nome do piloto, ao acusá-lo de roubo, já que ele teria ido lá inocentemente e que não tem nenhuma mancha no passado. Ele afirmou que Rogério Antunes era funcionário de confiança do deputado, tanto que foi indicado para um cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A exoneração do piloto do cargo em comissão foi publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial de Minas. 
 
O advogado salientou que vai entrar com pedido de liberdade provisória, para, então, entrar com pedido de habeas corpus para o cliente.
 
Em entrevista coletiva após a apreensão das drogas e da aeronave, o superintendente da Polícia Federal no Estado, delegado Erivelton Leão de Oliveira, disse que o piloto alegou ter recebido R$ 60 mil para fazer o transporte da carga de São Paulo para o Espírito Santo. O superintendente acrescentou que as investigações vão prosseguir para apurar se as drogas seguiriam do Espírito Santo para outros estados. 
 
A movimentação em torno do caso começou há cerca de dez dias, quando uma propriedade rural no município de Brejetuba, também na região serrana, começou a ser monitorada pela PF. A propriedade havia sido adquirida há aproximadamente um mês por um valor cinco vezes acima do de mercado, o que levantou suspeitas no município e chegou à Polícia Militar que, num trabalho de inteligência, passou a monitorar a movimentação na localidade. 
 
Segundo o superintendente, na ocasião da aquisição da propriedade houve um churrasco e os participantes comentaram que voltariam no fim do mês. Depois disso o monitoramento começou a ser feito.
 
No dia da chegada da droga, os policiais federais fizeram o monitoramento na região em que os suspeitos circulavam em terra. Eles ficaram de campana na mata aguardando a chegada do carregamento. Os suspeitos foram presos no momento em que descarregavam a droga e se preparavam para abastecer a aeronave.

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