Um dos pontos que chama mais atenção na entrevista do consultor de marketing político, Helder Tabosa, nesse fim de semana, em Século Diário, é a discussão sobre a linguagem utilizada pela classe política nas redes sociais. Ainda sem compreender o fenômeno comunicacional que se consolida como um novo espaço de interação, as lideranças claudicam na busca de estabelecer contato.
O que é um risco para os nomes colocados na disputa eleitoral do próximo ano. Isso porque, embora talvez não tenham o papel decisivo na escolha de um candidato, as redes sociais serão um veículo de comunicação importante na campanha. E um veículo de comunicação com uma fatia barulhenta da população.
Mas esse trabalho de inserção, como explicou Tabosa, não é simples, nem para qualquer um. Um político cheio dos vícios da velha política, com um discurso duro, de mão única, não tem chances com as novas mídias. É preciso chegar de mansinho e entender que, assim como a TV, o rádio e a mídia impressa, as redes sociais também têm sua própria linguagem tanto no conteúdo quanto no imagético.
Não dá para ter uma linha formal demais e fazer do Facebook ou do Twitter uma espécie de agenda virtual ou bloco de notas. Mas também não dá para perder a linha e querer forçar um discurso fora do perfil, que fuja da personalidade do político em questão.
Qualquer tentativa nesse sentido vai soar como artificial, um fake. O eleitor não quer um candidato que saiba usar as redes sociais simplesmente, que seja descolado, quer um candidato que utilize a internet como uma ferramenta para aumentar a transparência e o diálogo, e que saiba receber elogio e crítica e ainda debater naquele espaço.
Alguns nomes já estão pegando o jeito, mas ainda falta muita gente entender que para a próxima eleição será preciso muito mais do que gastar sola de sapato e suar a camisa. Vai ser preciso uma atenção especial para os eleitores do mundo virtual.
Fragmentos:
1 – A bancada capixaba na Câmara dos Deputados vai para o recesso com a reflexão: este será o último ano naquela Casa para boa parte do grupo ou será que haverá virada de mesa?
2 – Na Assembleia, o número de vagas é bem maior, mas as contas e expectativas sobre a eleição de 2014 também é grande, já que a tendência de renovação é muito grande.
3 – Será que o governador Renato Casagrande já tem nomes para substituir os secretários que devem se desincompatibilizar dos cargos em abril, para a disputa eleitoral de outubro de 2014?