A contratação de uma empresa para a instalação e operação de radares nos corredores metropolitanos da Grande Vitória segue em aberto. Apesar da divulgação do resultado provisório, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER-ES), responsável pela licitação, decidiu analisar novamente as propostas de dois consórcios participantes. Um dos grupos que terão uma segunda chance está o consórcio paranaense Velsis x Suprema, que foi o venceu do outro lote do certame avaliado em mais de R$ 20 milhões por ano.
De acordo com o aviso publicado no Diário Oficial do Estado dessa quinta-feira (26), a direção da autarquia acolheu os dois recursos movidos pelo consórcio paranaense e o batizado como Monitoramento Espírito Santo (composto pelas empresas mineiras e paulistas: Sigma, Sinalis, GCT e Talentech). Na mesma ocasião, foram consideradas improcedentes as impugnações (contra os recursos) apresentadas pela empresa paulista Splice Indústria, Comércio e Serviços Ltda, que havia apresentado a menor proposta econômica dentro do lote 01.
A presidente da comissão licitante do DER-ES, Fernanda Leal Reis, informou que as empresas deverão apresentar os documentos solicitados até a próxima segunda-feira (30). O consórcio Monitoramento Espírito Santo deve apresentar uma nova composição de custos unitários por equipamento – ao todo o objeto do lote prevê a instalação de até 225 radares -, enquanto o consórcio Velsis x Suprema deverá reapresentar uma cópia legível de todo o recurso já acolhido.
Apesar da publicação não indicar uma eventual na mudança dos vencedores, o fato da comissão licitante realizar uma nova análise dos itens de preço indica que a contratação está longe do fim. Diferentemente do que ocorre no lote 02, que prevê a operação dos radares em rodovias estaduais. Neste caso, a autarquia realizou, inclusive, as visitas técnicas obrigatórias dentro da licitação. Foram visitadas as instalações das empresas vencedoras e ao serviço de radares, que é prestado pela Velsis no município de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
A licitação para a contratação dos serviços de radares no Espírito Santo foi dividida em dois lotes. No lote 01, a melhor proposta econômica foi de R$ 12,13 milhões. Já no lote 02, o consórcio paranaense apresentou o valor de R$ 9,17 milhões. Ao todo, o edital estipula a instalação de até 449 equipamentos de fiscalização – 225 no primeiro lote e 224 no segundo –, de vários tipos, desde os radares fixos (pardais), controladores de velocidade (postes) e até equipamentos estáticos (que podem ser deslocados de um trecho para outro na via).
A licitação foi aberta em julho deste ano e chegou a ser suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) após suspeitas de irregularidades.