A Secretaria Estadual de Saúde lançou uma cartilha técnica com orientações sobre as principais situações de risco identificadas durante as chuvas e que requerem ações estratégicas de assistência para garantir o atendimento aos capixabas afetados pelas inundações. Com 35 páginas, a cartilha eletrônica foi encaminhado para as secretarias de Saúde dos 78 municípios capixabas.
A população que teve contato com água de enchente deve estar atenta a sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo e náuseas – comuns a essas doenças – e procurar imediatamente uma unidade de saúde. Os capixabas, diz a Sesa, também poderão acessar a cartilha por meio do site da secretaria, mas não devem dispensar procurar uma unidade de saúde caso os sintomas tais sintomas sejam identificados.
O material foi planejado e preparado para orientar principalmente os profissionais de saúde sobre fluxo de atendimento a doenças como leptospirose, dengue, hepatite A e diarreia, mas traz ainda dicas de cuidados e limpeza de ambientes contaminados, controle de qualidade da água, sobre consumo de alimentos, entre outras orientações.
Aos profissionais de saúde, a orientação da Sesa é para que iniciem o tratamento tão logo suspeitem desse diagnóstico.
“O tratamento precoce reduz o risco de agravamento do quadro clínico do paciente e a possibilidade de óbito”, observa a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues.
A Sesa confirmou, na última segunda-feira (30), que está sob investigação à primeira morte suspeita por leptospirose. A preocupação da Secretaria agora é monitorar e acompanhar eventual aumento de casos em função das últimas chuvas que assolaram o Estado.
Na próxima segunda-feira (06), desembarcam no Espírito Santo dois técnicos da Vigilância Epidemiológica Nacional para colaborar com os técnicos do Estado nas ações necessárias.
Em visita ao Estado nessa quinta (2) o coordenador-geral da Força Nacional do SUS, Paulo de Tarso, e concluiu seu trabalho de ajudar no planejamento das ações de atendimento às vítimas das enchentes.
Paulo de Tarso disse que deixa o Estado com a sensação de missão cumprida. “Foi uma experiência rica. Houve grande interação entre todas as áreas, desde a assistência, passando pela Vigilância em Saúde à atenção primária. O canal direto aberto entre a Sesa e o Ministério da Saúde ajudou a dar respostas mais rápidas às questões que se apresentavam”, disse ele ao lembrar que a ajuda não para por aí, já que na segunda-feira chegam mais dois técnicos do MS para ajudar a monitorar doenças relacionadas às chuvas.