A Câmara de Vereadores de Presidente Kennedy (litoral sul do Estado) prorrogou, nesta segunda-feira (24), o prazo de conclusão das investigações sobre a conduta dos quatro vereadores afastados por suposta participação em fraudes no município. A comissão processante terá mais 60 dias para concluir os trabalhos que podem resultar na cassação do quarteto. O novo prazo garante a participação dos investigados das eleições de outubro.
Segundo a notificação publicada no Diário Oficial do Estado pelo presidente da comissão, vereador Marco Antônio Vieira Novaes (PSB), a prorrogação dos trabalhos foi aprovada por seis votos no plenário da Casa. Na última semana, a defesa dos vereadores afastados Dorlei Fontão da Cruz (PV), Manoel José Abreu Alves, o Brejeiro (PTB), Clarindo de Oliveira Fernandes (PDT) e Vera Lúcia de Almeida Terra (PTB) haviam sido intimadas para a apresentação das alegações finais no processo.
Com o adiamento, os quatro vereadores não devem enfrentar problemas para disputarem a reeleição em outubro próximo. Mas apesar da garantia de participação no pleito, os investigados poderão não ser diplomados, no caso de saírem vencedores da urna e, posteriormente, terem o mandato cassado em função da ligação com as fraudes reveladas na Operação Lee Oswald.
Os quatro vereadores estão afastados do cargo por ordem judicial desde a deflagração da operação policial, em abril deste ano. Eles também foram afastados por 180 dias em decisão da própria Câmara. O quarteto é acusado de ter se utilizado do cargo para pleitear benefícios junto à administração pública, como a indicação de cabos eleitorais em empresas terceirizadas do município, em troca de garantirem a blindagem do então prefeito Reginaldo Quinta (PTB) – cassado pelos vereadores – no Legislativo.