O Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado (Sindipol) convocou uma assembleia geral extraordinária para a próxima terça-feira (2), com o objetivo de discutir a continuidade do processo de negociação com o governo do Estado, bem como a mobilização dos policiais civis, com votação de indicativo de protesto ou de greve geral.
Os policiais civis vêm tentando há décadas garantir o direito à aposentadoria com 30 anos de atividade policial. O Sindipol remeteu uma “Carta de Exposição de Motivos” ao governador Renato Casagrande e no documento é sugerida uma paralisação de advertência e indicativo de greve.
O sindicato pretende integrar as categorias da Polícia Civil para a construção de uma pauta de reivindicações unificada e consensual. No entanto, o acordo chancelado com o governo foi alterado e outro foi pactuado em separado com os delegados.
O Sindipol foi recentemente ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como o único sindicato da Polícia Civil do Estado, em uma decisão do ministro Dias Toffoli, que negou seguimento a um recurso extraordinário impetrado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado (Sindelpo).
A carta encaminhada ao governador relata todo o histórico de negociações do pleito da Polícia Civil. No documento, o sindicato expõe que não fora convidado para discutir o projeto de promoção automática de iniciativa da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) e, ainda assim, o Sindipol buscou as associações de classe da Polícia Civil para a construção da pauta unificada.
O documento relata ainda que a Seger informou que não negociaria com nenhuma categoria de maneira diferenciada, por determinação do próprio governador, já que o projeto seria da Polícia Civil como um todo. No entanto, houve uma reunião com os delegados em separado, descumprindo o que fora previamente combinado, e com eles foi finalizado um projeto em que todos os delegados seriam alcançados e beneficiados pelo projeto.