Os estudantes da rede estadual realizaram mais um ato público de apoio aos professores, em greve a 25 dias. Desta vez, a manifestação foi em Vila Velha. Os alunos se concentraram na Praça Duque de Caxias, no Centro do município, e seguiram em caminhada para a Residência Oficial do governador, na Praia da Costa, também em Vila Velha.
O ato público foi articulado pelas redes sociais, com o objetivo de pressionar o governo para a concessão dos benefícios pleiteados pelos professores. Os estudantes se sentem no meio de um “cabo de guerra” entre o governo e os professores, enquanto o executivo pede a ilegalidade do movimento, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes) recorre da decisão liminar que declarou a ilegalidade.
A greve deve perdurar, pelo menos, até a próxima quinta-feira (15), quando vai ser realizada uma assembleia geral que vai definir os rumos do movimento. Durante a semana novos atos públicos dos professores devem ser realizados.
Na segunda-feira (12) devem ser realizados protestos às margens da BR-101, na Serra, em Fundão e Linhares (norte do Estado); e na da BR-262, em Cariacica. Já na terça-feira (13), a manifestação acontece em frente à sede do Ministério Público Estadual (MPES).
Na assembleia marcada para a próxima quinta-feira também vai acontecer ato unificado pela educação pública com as redes estadual e municipais; servidores técnico-administrativos e professores dos Institutos Federal do Estado (Ifes); e da Universidade Federal do Estado (Ufes).
Nesta quinta-feira (8), o governo do Estado divulgou um documento contendo as reivindicações dos professores e as respostas para os pleitos. De acordo com o documento, até o fim deste ano o governo terá investido mais de R$ 500 milhões na ampliação e modernização da rede física estadual, considerado o maior investimento em recuperação das escolas públicas já realizado no Estado.
As respostas do governo às reivindicações já são de conhecimento do Sindiupes. Segundo Gean Carlos, as respostas aos pleitos são evasivas e não representam nenhum avanço para os professores.
Ele salienta que os professores querem a definição de datas para o cumprimento das propostas. Ele citou como exemplo a definição de uma data para o término das discussões sobre o plano de cargos e salários; se vai ou não haver o corte de pontos; e se o sindicato vai ou não ser multado.