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Conselho Estadual de Juventude quer explicações sobre o fim do Rede Cultura Jovem

O programa Rede Cultura Jovem (PRCJ) foi um importante mecanismo de protagonismo dos jovens. O programa contemplava projetos artísticos de jovens de 15 a 29 e potencializava a produção cultural. Entre alguns núcleos contemplados estão o Papo de Compositor, Cineclube Colorado, Quilomblack, ACAPOEIRA, além da produção de livros, discos e projetos de pesquisa.
 
O programa da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) em parceria com o Instituto Sincades teve início em 2009 e terminou, sem justificativa, em 2013. Desde o final do programa, o Conselho Estadual de Juventude (CEJUVE) vem buscando os motivos que desencadearam a sua extinção.
 
“O programa era pioneiro na área de políticas culturais destinadas à juventude, por meio dos projetos era possível fomentar a produção artísticas dos jovens e irradiar os projetos concretizados pela sua comunidade”, diz Lula Rocha, presidente do CEJUVE. De acordo com Lula, já foram enviados dois ofícios à Secult questionando o fim do projeto e pedindo o seu retorno e até agora nenhum representante da Secretaria respondeu as demandas.
 
Segundo a nota enviada pela Secult, os ofícios estão sendo respondidos juridicamente e a Secretaria não irá se manifestar à imprensa enquanto os processos estiverem em andamento. 
 
Por continuarem sem uma resposta oficial, o Conselho Estadual de Juventude publicou uma nota de repúdio à falta de diálogo do pode público. No texto, o órgão alega que “o investimento direto na juventude não é uma prioridade da atual gestão do governo do Espírito Santo”. O Cejuve-ES é órgão vinculado à Gerencia Estadual da Juventude e formado por representantes da sociedade civil e do governo, entretanto, seus membros não foram consultados para opinarem sobre o fim do PRCJ.
 
Além de exigirem os motivos pelos quais o Programa Rede Cultura Jovem deixou de receber investimentos, a nota também pede mais informações sobre os resultados do projeto. Como, por exemplo, quantos jovens foram contemplados pelas ações do PRCJ, quantos projetos foram contemplados por editais, quanto era investido em publicidade e quanto era investido diretamente nas ações do PRCJ e como se dava a parceria com o instituto Sincades. 
 
“Não é possível fazer políticas para a juventude sem ouvir a juventude. Publicamos essa nota para incitar o debate e pedir o retorno do projeto”, diz Lula Rocha. Para o Presidente do CEJUVE, o projeto era exemplar e supria a demanda de cultura da juventude. “Hoje, não há nenhum projeto destinado à juventude que tenham a mesma proposta do programa, por isso, a principal reivindicação é que o Projeto volte a funcionar como antes”.

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