O sonho do senador Magno Malta em disputar a Presidência da República em 2014 acabou. A proposta de candidatura própria pelo PR foi rejeitada na convenção do partido neste sábado (21). Com 2% de intenções de votos, em recentes pesquisas, o senador foi confiante para o encontro, mas a maioria dos convencionais não aprovou o nome de Magno Malta.
Malta teve 16 votos em favor de sua candidatura, mas 122 convencionais preferiram delegar à Executiva Nacional o papel de escolher entre os três pré-candidatos que lideram a corrida eleitoral: a presidente Dillma Rousseff (PT); o senador por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
A dúvida neste caso é que se não apoiar Dilma, o partido terá de entregar o cargo que ocupa no Ministério dos Transportes. A decisão da Executiva do PR deve sair até o próximo dia 30 de junho, prazo final para as convenções partidárias.
Se a saída do PTB do grupo de Dilma não foi tida como uma baixa substancial pelos petistas, o apoio do PR era dado como certo. Mesmo assim, depois do aparecimento nas pesquisas e de um encontro com lideranças do partido, no último dia 28 de maio, o senador alimentava a esperança de ver seu nome aprovado na convenção.
O encontro reuniu cerca de 50 lideranças do partido, entre elas, o presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento e o secretário-geral, Antônio Carlos Rodrigues. Mesmo com as divisões dentro do partido sobre os caminhos que o PR deve tomar em 2014, Malta conseguiu formalizar apoio à sua pré-candidatura à Presidência da República.
A Convenção do PR teve início às 15 horas, no Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília. Malta falou aos convencionais, defendendo sua candidatura, a única colocada dentro do partido. Mas não foi suficiente para convencer os convencionais.
O interesse da classe política capixaba é sobre o rumo político do senador, que vinha colocando o governo do Estado como um plano B, caso não se viabilizasse nacionalmente. Mas para as lideranças políticas do Estado, o senador perdeu o tempo ao entrar na disputa e os espaços hoje estariam fechados no Estado. O PT, que articula a candidatura própria no Estado, cobiça o apoio do PR, assim como o PSB.
No caso do PT, porém, a candidatura de João Coser ao Senado inviabilizaria a entrada do partido, que tem como grande aposta o seu candidato a senador, o delegado Fabiano Contarato. Já com o PSB, o partido pode conseguir a vaga se o governador Renato Casagrande não obtiver êxito nas movimentações com o PSDB, já que neste caso, a vaga seria do ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas.