Em todo Brasil, segue com força as movimentações da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dos movimentos sociais que trabalham juntas na campanha pelo Plebiscito Popular pela Reforma Política. Para quem não sabe, em setembro de 2013, a plenária nacional dos Movimentos Sociais aprovou a realização de um Plebiscito Popular pela Constituinte do Sistema Político brasileiro.
Foi definido que nos dias 1 a 7 de setembro próximo serão coletados votos em urnas espalhadas por todo o país para colher a opinião dos brasileiros sobre a pergunta: ” Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”. Neste sentido, a CUT nacional decidiu estimular a criação de comitês do plebiscito em todos os sindicatos de sua base.
Para o comando, o importante é promover o engajamento das pessoas em divulgar o plebiscito, debater seus objetivos e produzir material de divulgação. A ideia é: em cada sindicato, um comitê. Mas no Espírito Santo, ou melhor, na CUT capixaba, o assunto ainda é de total desconhecimento.
O movimento que acontece no Espírito Santo é comandado por jovens que já realizaram dois encontros, envolvendo uma boa quantidade de entidades sociais. E aí, a coluna pergunta: A Central capixaba vai mais uma vez ver o tempo passar e perder o bonde da história? Na CUT a coisa não anda e os sindicatos vão atrás, já que é nas entidades que a coisa deveria acontecer.
Entre os dias 28 de julho e 1 de agosto acontecerá um ato político durante a Plenária Nacional da CUT. Estarão lá os representantes das 27 unidades federadas, que apresentarão o resultado da mobilização local. O representante capixaba, será alguém ligado a um sindicato? Provavelmente não.
A reforma política é uma bandeira que vem sendo defendida desde a criação do movimento sindical. Quando surge a oportunidade de essa mudança vir a acontecer, com a participação popular, o movimento, que deveria ser o responsável pela formação política da população, fica de fora. Ou melhor, o movimento sindical capixaba.
Como bem pontua a CUT nacional, todas as demais mudanças pretendidas pelo movimento social, popular, sindical dependem necessariamente da reforma política. Por tanto, é preciso ter uma mudança de atitude agora, ou o movimento perderá mais uma vez a oportunidade de mudar a história.
Chega de ser avestruz!