As conversas entre o governador Renato Casagrande e as lideranças do PR sobre uma possível composição avançam, mas o caminho não é certo, já que as articulações em Minas Gerais para a aliança entre PSDB e PSB também prosseguem. A indefinição do cenário coloca as duas opções na mesa do governador.
Com a negativa da candidatura à Presidência da República ao senador Magno Malta (PR), criou-se a expectativa de que ele poderia disputar a eleição ao governo. Mas o parlamentar hoje estaria mais próximo de uma aliança com o palanque do governador Renato Casagrande.
Com isso, o republicano acomodaria a candidatura do delegado Fabiano Contarato em um palanque que dê suporte à disputa ao Senado. A impressão do mercado político hoje é de que Contarato é favorito em uma disputa ao Senado sem o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) neste campo.
A vantagem do republicano seria a novidade, o nome consolidado e a inserção nas redes sociais. Mas para alavancar sua candidatura, seria necessário um palanque mais consistente. Com o PT e com o PMDB, o PR não quer aliança. Os dois grupos teriam candidaturas fechadas, com João Coser pelo PT e Rose de Freitas pelo PMDB. Neste sentido, o partido só teria dois caminhos, ou com Casagrande ou sozinho.
Mas a negociação também acontece de olho em outra movimentação entre PSDB e PSB em Minas Gerais. A influência do governador Renato Casagrande no processo teria evitado a candidatura própria do PSB, com o deputado federal Julio Delgado.
Se os tucanos atraírem o apoio do PSB em Minas, o presidenciável tucano Aécio Neves influiria no processo eleitoral no Espírito Santo, levando o PSDB capixaba para o palanque de Renato Casagrande. E mais, em debate estaria a movimentação de retomada da unanimidade, levando além do PSDB, o PMDB de Paulo Hartung para o palanque palaciano.