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Mucane recebe mostra de filmes sobre a história da cultura negra

 
Com o objetivo de dar maior visibilidade à influência da cultura negra na sociedade e ampliar o discurso do papel dessa comunidade na arte, o Museu Capixaba do Negro (Mucane) realiza a 1ª Cinegro – Mostra de Cinema do Mucane, que acontece nestas terça (22), quinta (24), 29 e 31 de julho, sempre a partir das 19 horas.
 
Segundo Chico Aníbal, professor de teatro do Mucane e responsável pela escolha dos filmes do evento, a mostra surgiu como uma extensão das atividades da oficina de interpretação que ele desenvolveu no espaço. “A ideia surgiu da necessidade de exibir alguns filmes do cinema brasileiro para os alunos da oficina de teatro que eu ministrei no primeiro semestre no Mucane, visando a interpretação dos atores, mas se ampliou para uma mostra de filmes, que, de alguma forma, perpassasse pela temática do negro”, explicou.
 
Serão exibidos quatro filmes que contam um pouco da história da cultura negra e discutem o papel do negro na indústria cultural. “Procurei escolher filmes de diferentes épocas de produção e com linguagens cinematográficas diferenciadas”, afirmou Aníbal.
 
Os filmes da mostra são: o documentário A negação do Brasil, que fala da questão do ator negro na teledramaturgia brasileira nos últimos 50 anos; Orfeu Negro, adaptação da história grega de Orfeu e Eurídice para as favelas brasileiras; Madame Satã, que fala do malandro homossexual que virou uma lenda no Rio de Janeiro no início do século XX; e a animação franco/belga Kiriku e a Feiticeira, que conta a curiosa história de uma lenda africana.
 
Debate
 
Para Chico Aníbal, a mostra é a possibilidade de criar um diálogo de várias manifestações artísticas, como o teatro, a literatura e o próprio cinema, com o trabalho do negro dentro do mercado cultural, mostrando a importância e influência da raça na cultura brasileira.
 
Ele acredita que ações como essa são uma oportunidade de levantar questões tão importantes para a sociedade, usando a sétima arte como veículo para o debate. “O cinema é uma arte muito popular e uma ação como essa pode ajudar no fomento da discussão das artes”.
 
Programação
 
Terça-feira (22/07)
 
A Negação do Brasil (Idem, Brasil, 2000, 91 minutos) Documentário. Direção de Joel Zito Araújo. Vencedor do Festival É Tudo Verdade de 2001, o documentário traz à tona a história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela brasileira.
 
Quinta-feira (24/07)
 
Madame Satã (Idem,, Brasil, 2002, 105 minutos) Biografia. Direção de Karim Aïnouz. Com Lázaro Ramos, Flávio Bauraqui, Marcélia Cartaxo, Ricardo Blat, Renata Sorrah, Gero Camilo. O filme retrata a vida da referência na cultura marginal urbana do século XX, o célebre transformista João Francisco dos Santos- malandro, artista, presidiário, pai adotivo de sete filhos, negro, pobre, homossexual, conhecido como Madame Satã e frequentador do bairro boêmio da Lapa, no Rio de Janeiro.
 
Terça-feira (29/07)
 
Orfeu Negro (Idem, Brasil/ Itália/ França, 1959, 100 minutos) Drama. Direção de Marcel Camus. Com Breno Mello, Marpessa Dawn, Lourdes de Oliveira, Léa Garcia. Filme baseado na peça teatral Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. O enredo é inspirado na mitologia grega, na história de Orfeu e Eurídice. A adaptação ambientou a obra no Brasil, em uma favela do Rio de Janeiro, na época do Carnaval. Eurídice vem fugida do sertão nordestino para morar na favela carioca. A trilha sonora é de Tom Jobim e Luís Bonfá.
 
Quinta-feira (31/07)
 
Kiriku e a Feiticeira (Kiriku et la sociere, França/ Bélgica, 1998, 71 minutos) Animação. Direção de Michel Ocelot. O filme Retrata uma lenda africana, em que um recém-nascido superdotado que sabe falar, andar e correr muito rápido se incumbe de salvar a sua aldeia de Karabá, uma feiticeira terrível que deu fim a todos os guerreiros da aldeia.

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