O Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado (Sindipol) elevou o tom das críticas ao governo do Estado pela morosidade das negociações com a categoria. Nesta terça-feira (10), os policiais civis fizeram uma passeata após assembleia da categoria para alertar o governo sobre a possibilidade de paralisação nas atividades.
De acordo com o secretário-geral do sindicato, Jorge Emílio Leal, a categoria aprovou a marcação de uma nova assembleia para o próximo dia 18, quando vence o prazo solicitado pelo governo para analisar o projeto de promoção automática dos servidores da PC. Não está descartada a votação do indicativo de greve geral na próxima assembleia, caso o governo não apresentar uma proposta para a categoria.
“A greve é o último recurso, mas se o governo mantiver o descaso com os policiais civis não haverá uma outra saída”, declarou o secretário-geral. Ele afirmou que o protesto desta terça-feira serviu como um alerta ao governador Renato Casagrande. Os policiais saíram da sede da Chefatura de Polícia, próximo à Reta da Penha, e foram caminhando até o centro de Vitória.
O sindicalista cobra o governador para que cumpra a promessa de colocar o atendimento aos policiais como prioridade. Jorge Emilio cita que os servidores da Saúde e da Polícia Militar já foram contemplados com o sistema de promoção.
No início deste mês, a direção do sindicato enviou “Carta de Exposição de Motivos” ao governador, onde relata todo o histórico de negociações do pleito da Polícia Civil. No documento, o sindicato expõe que não fora convidado para discutir o projeto de promoção automática de iniciativa da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger).
Uma das queixas de Jorge Emilio é de que o governo não está cumprindo a agenda de reuniões com a entidade. “Estamos insatisfeitos com o rumo das negociações”, relembrou ao citar que encontros chegaram a ser desmarcados. Uma nova reunião está marcada para esta quinta-feira (11), às 14h30, no edifício Fábio Ruschi, onde fica localizada a sede da Secretaria.