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Terceira Ponte: pedágio urbano é exclusão social, diz deputado

Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa na sessão desta terça-feira (2), o deputado Euclério Sampaio (PDT) criticou duramente as propostas do promotor de Justiça de Meio Ambiente e Urbanismo do Ministério Público Estadual (MPE), Marcelo Lemos, para solucionar a curto e médio prazo os cotidianos engarrafamentos na Terceira Ponte. 
 
Pedágio urbano e rodízio de placas são as principais ideias apresentadas. Há também a sugestão de criar um gabinete integrado entre prefeituras de Vitória e Vila Velha para debater o problema.
 
Euclério mirou, especificamente, a proposta do pedágio urbano, que classificou como “exclusão social”. “Querem criar duas categorias de pessoas no Espírito Santo: os que podem pagar e o que não podem pagar o pedágio”, disse. Para ele, é muito fácil discutir mobilidade urbana jogando os problemas nas costas do cidadão. 
 
“O povo se mobiliza, vai pra as ruas e aparece um iluminado dizendo que tem que haver pedágio”, cutucou o deputado, após destacar que o fim do pedágio da ponte foi uma conquista das mobilizações populares de 2013. A ideia do promotor é implantar uma tarifa a preço acessível nos acessos da ponte para privilegiar quem apresente real necessidade de cruzá-la. A receita seria destinada à manutenção da ponte.
 
O tráfego na Terceira Ponte cresceu significativamente após a suspensão do pedágio, em abril deste ano. Segundo uma pesquisa da concessionária Rodosol, houve um aumento de 23,7% do tráfego diário médio de veículos.

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