O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) iniciou uma pressão para a remoção dos servidores da TV Educativa (TVE) que trabalham nas instalações do Teatro Carmélia. A entidade defende a saída imediata dos servidores do local.
Para o sindicato, os servidores estão se sentindo ameaçados e vulneráveis no local, já que a insegurança aumentou depois que foram demolidos os prédios abandonados na Ilha do Príncipe, em Vitória. Eles relatam que têm sido frequentes as intimidações, assaltos e furtos, já que os portões continuam quebrados e não há controle de entrada e saída do local.
Para a os trabalhadores a situação se agravou depois que a prefeitura de Vitória desativou o Centro Cultural Carmélia, fechando o telecentro e a biblioteca.
No início de setembro a Rádio e Televisão do Espírito santo (RTV-ES) publicou no Diário Oficial chamamento de público para procura de imóvel para abrigar a autarquia. De acordo com o edital, o imóvel deve estar situado em Vitória, em local que garanta a transmissão e recepção de sinais para os parques irradiantes da televisão e da rádio, por meio de links utilizados em radiodifusão. O imóvel também deve incluir bicicletário e vagas para estacionamento de, no mínimo, 50 automóveis e pelo menos duas vagas para veículos tipo furgão; espaço para circulação, salas administrativas, redação, áreas técnicas, arquivo de documentos e de mídias audiovisuais, serviços e ambientes auxiliares para as funções fins da autarquia, com disponibilidade mínima de 200m² de área livre para instalação de estúdios de televisão, cujo pé direito necessita de altura mínima de 4,5m.
A TVE funciona atualmente e de maneira improvisada no Teatro Carmélia Maria de Souza, e a Rádio Espírito Santo na Reta da Penha. É reivindicação dos servidores da RTV que os veículos funcionem no mesmo local e que ofereça condições mínimas de trabalho.
A falta de estrutura é tanta na TVE que faltam equipamentos básicos para o funcionamento pleno da emissora. As principais denúncias dão conta que faltam equipamentos básicos para a operação dos meios de comunicação, como microfones e ilhas de edição; demora na compra de materiais essenciais para a produção, como fitas de vídeo; monitores analógicos no controle mestre. Eles convivem também com “gambiarras” elétricas nas instalações; infiltrações nas paredes e no teto; e mofo nos estúdios.
A insegurança no terreno do teatro e nas imediações também representa risco para servidores. O corpo de um homem foi encontrado no terreno da TVE no dia 14 de agosto deste ano. Uma jornalista, servidora da TVE, já foi assaltada duas vezes nas imediações do teatro.
Recentemente, um usuário de drogas foi assassinado na calçada do teatro e outro foi queimado nos fundos do prédio e só não morreu porque foi socorrido pelos servidores.