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Cenários

 
 
A disputa municipal de 2016 na Grande Vitória promete ser sangrenta. Vai colocar, em lados opostos, as lideranças que apoiaram governador Renato Casagrande e o grupo do adversário, Paulo Hartung (PMDB), que comandará o Estado nos próximos anos. Em Vitória, o prefeito Luciano Rezende (PPS), ex-aliado de Hartung e o primeiro a declarar apoio a Casagrande, buscará o caminho natural da reeleição. Hoje, a previsão é de que ele possa enfrentar o homem de confiança de Hartung, o deputado federal reeleito Lelo Coimbra (PMDB). Na Serra, o mercado político terá mais uma edição do embate entre Audifax Barcelos (PSB) e Sérgio Vidigal (PDT), que sai fortalecido como o mais votado à Câmara dos Deputados. Em Viana, o prefeito Gilson Daniel (PV) foi um dos principais cabos eleitorais de Casagrande e, certamente, enfrentará uma liderança empurrada por Hartung – já há quem aposte que o investimento será em Solange Lube (PMDB), que não conseguiu se reeleger à Assembleia. Em Cariacica, Juninho (PPS) selou acordo com Hartung e poderá enfrentar, por exemplo, Marcelo Santos (PMDB), que desde o início do processo eleitoral se posicionou a favor de Casagrande. Já em Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), que está muito mal das pernas, poderá enfrentar um candidato duro, Max Filho (PSDB), eleito a deputado federal. Diferente de todos os outros, Max é o único, até então, fora do alcance de Hartung e o que mais representa risco. Além de não ter histórico de relação política com o governador eleito, muito pelo contrário, liderança de Max vai além de Vila Velha e o cacifa para uma disputa ao governo em 2018.
 
Cenários II
No município canela-verde há outro fator a ser considerado. O ex-prefeito Neucimar Fraga (PV) cresceu no pleito e obteve votação expressiva. É outro que voltará os olhos para a disputa municipal. 
 
Cotação
Dos três candidatos ao Senado, Neucimar conseguiu bater a vencedora, Rose de Freitas (PMDB) e o terceiro colocado, João Coser (PT), em importantes municípios da Grande Vitória. Além de Vila Velha, ficou em primeiro na Serra e em Cariacica. Na Capital, ficou pouco atrás do ex-prefeito João Coser.
 
Dois anos
E Hartung, quer recuperar a imagem de Rodney até 2016? Depois da eleição desse ano, que ele não serviu nem de cabo eleitoral do governador eleito –Vila Velha foi a pior derrota de Hartung na Grande Vitória -, há quem duvide. O próprio Theodorico Ferraço (DEM) já dá sinais de que a situação de Rodney está ruim até entre os aliados.
 
Resiste?
Na ressaca das eleições, o quadro que se desenha é este. Hartung irá atrás do espaço político perdido e, ao mesmo tempo, a disputa deste ano estabeleceu um grupo de oposição, que precisará se fortalecer. Resta saber quanto tempo esse grupo dura. No Estado, ainda há o temor de mão pesada de Hartung, principalmente no caso dos prefeitos.
 
Sem registro
Em seu Twitter e no Facebook, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) não faz qualquer menção à vitória de Hartung ao governo do Estado. Ao contrário do presidenciável Aécio Neves (PSDB), que postou foto ao lado, referindo-se ao segundo turno. Ferraço coordena a campanha de Aécio no Estado e coordenou a de Hartung.
 
Chororô
Os deputados estaduais Vandinho Leite (PSB) e José Esmeraldo (PMDB) lamentaram, mais uma vez, a derrota nas urnas na sessão da Assembleia desta terça-feira (7). Vandinho ainda vai chorar muito, porque conquistar 86.506 votos e não levar a cadeira, é mais do que pesadelo. Já Esmeraldo perdeu para Rafael Favatto (PEN) por apenas 140 votos. Duas situações difíceis de digerir. 
 
Papelão
O deputado estadual Paulo Roberto (PMDB) nunca escondeu que vive para atender aos interesses de Hartung, mas está passando dos limites. Depois de atuar no pleito somente como franco atirador de Hartung na direção do governo Casagrande, agora inaugura uma nova modalidade na Assembleia: “líder do governador eleito”. Já começou a atrapalhar o andamento dos projetos e assim será até o final desta legislatura. Haja paciência.
 
Recompensa
É outro que já tem assento de luxo garantido no governo Hartung. Nem as eleições ele quis disputar, pra não queimar o filme do governador eleito. Renunciou em cima da hora, com receio da surra que levaria nas urnas. 
 
Fim do mundo
Um país que elege Jair Bolsonaro (PP) e Marcos Feliciano (PSC) como os deputados federais mais votados do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente, pode ser levado a sério?
 
PENSAMENTO:
“Aquele que se conduz por outro compasso que não o senso de dever poder ser popular, mas não é honesto, e, portanto, não é um servidor público útil”. John Wilson Cbocker

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