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Hora de se pintar para guerra

O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), tentou se aproximar do governador eleito Paulo Hartung (PMDB), de quem foi aliado no passado, mas o caminho para sem ser volta. As declarações que o peemedebista deu à imprensa nesses dois dias sinalizam que será muito difícil qualquer aproximação entre os dois. 
 
No início do processo eleitoral, Luciano teria feito um pacto de não agressão ao peemedebista e agora diz que não vai criar obstáculos para Hartung, mas o peemedebista não é do tipo que releva. 
 
O prefeito tenta minimizar o impacto de ter no seu pé o governador eleito e a mídia corporativa que devem tentar nos próximos dois anos acabar com a imagem que Luciano vem construindo junto ao eleitorado de Vitória. Qual seria motivo de tanta vingança? O governador eleito atribui a Luciano o vazamento da lista das empresas que operavam com a Éconos.
 
E mesmo que Luciano repita umas cem vezes que não foi ele, o prefeito já entrou na lista de Hartung. Aliás, já tinha entrado em 2012, quando não limpou o campo para que o peemedebista pudesse disputar a prefeitura de Vitória. 
 
Se Luciano se preocupava com os adversários na esquina de 2016, precisa tomar cuidado agora com a calçada até lá. O discurso de Hartung, após a eleição, não sinaliza para uma possibilidade de acordo com o ex-aliado. Ao enfrentar Luiz Paulo Vellozo Lucas, em 2012, candidato que era apoiado por Hartung, e ter vencido da forma que venceu, Luciano saiu da sala de espera do grupo de Hartung. 
 
Ao declarar apoio a Renato Casagrande, ainda que tenha se comprometido a não atacar Paulo Hartung, Luciano foi colocado para fora desta sala e a porta foi fechada para ele. Não adianta tentar minimizar o impacto e hastear a bandeira branca. Luciano tem se pintar para guerra, reunindo forças para enfrentar o grupo de Hartung. 
 
Até porque Luciano construiu um capital político e será difícil enfrentá-lo. Ele tem uma boa imagem com a população, uma boa relação com a Câmara de Vereadores e um partido na mão. Será uma batalha dura, mais vai ser disputada. O prefeito tem que apostar em seu capital,  esquecer o passado e seguir em frente, assumindo o tamanho que tem. 
 
Fragmentos:
 
1 – Caso o governador eleito tenha dificuldade de acesso às informações do Palácio Anchieta, este ano ele terá amparo legal. Pelo menos é o que determina a lei de autoria do deputado Roberto Carlos (PT).
 
2 – Por falar em Roberto Carlos, se os 6% que ele teve na eleição ao governo do Estado tivessem aparecido no início do processo, o desempenho dele poderia ser bem diferente. Mas este ano, a fidelidade partidária demorou a aparecer entre os petistas.
 
3 – A Assembleia Legislativa vive um momento de profunda reflexão. Hoje o plenário esta dividido, mas dificilmente os deputados pró-Casagrande vão suportar a pressão que virá do Palácio Anchieta a partir de janeiro. 

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