Estelionatários tentam aplicar golpes em idosos no Estado passando-se por representantes do Conselho Nacional de Previdência Social. De acordo com relatos de pessoas que foram alvo da quadrilha, uma pessoa liga para a vítima se identificando com membro do Conselho e diz que o idoso teria uma quantia para receber da Previdência, referente a diferenças do Plano Collor, que podem chegar a mais de R$ 40 mil.
Com um discurso convincente, o estelionatário diz que para a vítima receber é preciso pagar uma determinada quantia, entre R$ 400 e R$ 1.500 em uma casa lotérica para que o resíduo seja liberado. O golpe é concluído quando a vítima realiza o pagamento do boleto emitido pelos golpistas na lotérica. Depois deste pagamento, não há mais contato dos golpistas com a vítima.
A Previdência Social já fez alerta para o golpe, declarando que o Conselho Nacional de Previdência Social tem por objetivo debater políticas de Previdência Social e não efetua pagamentos nem processa solicitações de benefícios. Além disso, nenhum órgão público, como a Receita Federal ou a Previdência Social, liga, envia e-mail ou correspondência para segurados.
A orientação da Previdência é que, caso a pessoa seja abordada por outra solicitando dados pessoais e bancários, o cidadão deve entrar imediatamente em contato com a Central 135 ou na agência de Previdência Social mais próximo da residência do segurado.
Plano Collor
Criado em 1990 com o objetivo de conter a inflação, o pacote de medidas econômicas que ficou conhecido como Plano Collor, instituído no início do governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, previa, dentre outras medidas, o congelamento de preços e salários e o bloqueio de contas correntes e poupanças por um prazo de 18 meses.
As medidas, no entanto, não tiveram êxito e causaram recessão e desemprego.