O atropelamento de uma ciclista no último dia 5, na ciclofaixa da Rua de Lazer do Centro de Vitória, alertou os ciclistas para a falta de fiscalização e o possível aumento de acidentes com a proximidade do verão, quando as ruas normalmente ganham maior volume de tráfego, tanto de carros quanto de ciclistas. A vítima, que felizmente teve apenas ferimentos leves, foi atingida por um motociclista que invadiu a faixa exclusiva para bicicletas.
Uma indicação do vereador Vinicius Simões (PPS) solicita à Prefeitura de Vitória a criação de um programa de orientação aos ciclistas, envolvendo Guarda Municipal, Secretaria de Trânsito e as Escolas Municipais (EMEFs), além da realização de além da realização de campanhas educativas durante o funcionamento da ciclofaixa aos domingos e feriados.
A proposta surgiu após reunião com cicloativistas. Detinha Son, do Ciclistas Urbanos Capixabas (CUC), alerta para a alta velocidade dos carros nos locais com faixa compartilhada. “Está muito alta, acima do normal”, diz.
Ela sugere duas soluções. Um é transformar os trechos compartilhados em “Zona 30”, ou seja, estabelecer a limitação da velocidade dos veículos a 30 km/h. Outra é isolar a rua ou a mão, para garantir a total segurança dos ciclistas e pedestres que utilizam a faixa de lazer.
Outra questão apontada diz respeito especificamente a ciclistas que praticam esportes de alto rendimento e utilizam as faixas para treino. Os atletas, que, ressalve-se, não dispõem na Grande Vitória de lugar adequado para treinar, acabam se valendo da faixa de lazer para fazê-lo. O problema é que famílias inteiras com suas crianças desfrutam do mesmo local. O ideal, portanto, é atingir um certo nível de harmonia entre os usuários.
Nesse programa, os ciclistas seriam orientados a evitar o tráfego em alta velocidade, não pedalar na contramão, evitar empinar a bicicleta e, ao trafegar em grupo, evitar obstruir a ciclofaixa.