Renato Casagrande (PSB) tem um ponto em comum com os governadores do Piauí, Zé Filho (PMDB); e do Tocantins, Sandoval Cardoso (SD). Os três foram derrotados no primeiro turno das eleições, mesmo com gestões bem avaliadas pela população. Na segunda-feira (13), durante o encontro do PSB nacional, em Brasília, o governador falou ao portal Uol Notícias sobre o fenômeno e disse que quer terminar.
“Quero terminar bem a minha avaliação, vamos terminar bem esse meu mandato de governador. A gente não pode ficar ansioso e angustiado. É da democracia você ver disputas. Disputamos e não tivemos sucesso no pleito, respeitamos a maioria do povo capixaba, seguindo em frente e seguindo vida”, disse.
Segundo o site, a aprovação de Casagrande durante todo o período eleitoral foi positiva, mesmo estando o socialista o tempo todo em segundo na corrida eleitoral. A reportagem cita a pesquisa Ibope, divulgada três dias antes da eleição, que apontava a popularidade em alta do governador.
De acordo com a pesquisa, 35% dos eleitores consideravam o governo ótimo ou bom; outros 38% consideravam a gestão regular e apenas 23% classificaram o governo como ruim ou péssimo. A situação no Tocantins é ainda mais surpreendente. Sandoval Cardoso tinha 45% de ótimo ou bom. Mas isso não garantiu sua eleição.
A pretensão de Renato Casagrande de terminar o governo com boa avaliação pode ser prejudicada pela manobra política em curso na Assembleia Legislativa. Primeiro a decisão judicial que engessa o Orçamento do próximo ano causou um desgaste político muito forte e sugeriu nos meios políticos uma movimentação para evitar que o governador eleito Paulo Hartung (PMDB) tenha que se submeter às aplicações do recurso do Estado nas áreas delimitadas pelo governo atual.
Além disso, a paralisação dos projetos enviados pelo governador à Assembleia para que a equipe de transição possa avaliar a aplicabilidade dos projetos, desprestigia o governador e prejudica suas ações no final do mandato.
