Passado o período eleitoral e definidas as novas composições da Assembleia Legislativa e da bancada federal, os eleitos devem passar o restante do ano e o recesso debruçados sobre as distribuições dos cargos e posições, tanto no campo federal como local.
Estão em jogo a escolha do novo presidente da Assembleia e composição da Mesa Diretora, presidências de comissões do legislativo estadual, coordenação da bancada capixaba e a indicação dos cargos federais no Estado pelos partidos.
Dessas movimentações, uma que já vem ganhando corpo nos meios políticos é a da escolha do próximo presidente da Assembleia. A disputa, até o momento, aponta para três peemedebistas: Guerino Zanon, Luzia Toledo e Hércules Silveira. Mas algumas lideranças já estariam se movimentando para evitar que o partido fique com a vaga.
O motivo é o fato de o PMDB ter ganhando muito espaço político depois da eleição, contando agora, além do governo do Estado, com dois senadores, um deputado federal e a maior bancada na Assembleia, com quatro deputados.
Mas para os observadores dos primeiros movimentos do governador eleito, não há dúvidas de que a escolha do chefe do legislativo estadual passará pelo seu crivo. Além da presidência, os cargos de secretaria da Mesa e presidência das comissões mais importantes da Casa – Justiça e Finanças – também aguçam o interesse dos deputados estaduais e devem provocar também uma disputa interna intensa.
Quanto à coordenação da bancada, a escolha deve se alongar durante todo o período que antecede à posse dos novos deputados federais e da senadora eleita. Hoje a coordenação é da deputada Iriny Lopes (PT), que não se reelegeu para o próximo mandato.
Os cargos federais também geram uma discussão que geralmente se alonga e agora deve contemplar os dois partidos que entram no bloco de deputados federais, PV e PP. Os cargos do PSC não devem mudar, já que o senador Magno Malta (PR) tem influência no partido e deve brigar pela permanência da indicação.