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Composição da nova bancada capixaba deve repetir cenário de pouca eficiência no jogo político

A composição da bancada capixaba em Brasília inclui parlamentares com interesses e atuações bem diferentes. Mas sem a união dos deputados e senadores, o Espírito Santo vai continuar sem conseguir a atenção tão cobrada do governo federal. Sem um nome forte, capaz de negociar em pé de igualdade com as demais lideranças nacionais, e sem se encaixar nos blocos regionais, o Estado segue seu histórico de pouca eficiência no jogo político do Planalto Central. 
 
Mesmo no Senado, casa em que há um equilibro de representatividade, já que cada Estado elege três parlamentares, o Espírito Santo não tem conseguido grande destaque em conjunto. Individualmente, porém, os senadores do Estado têm conseguido visibilidade.
 
A senadora Ana Rita (PT) conseguiu se firmar em nível nacional na área dos direitos humanos e minorias, chegando a reunir o Congresso Nacional para a entrega dor relatório da CPMI da Violência contra a Mulher, com a presença da presidente Dilma Rousseff.
 
Magno Malta (PR) tem um discurso populista, mas consegue visibilidade à frente de CPIs polêmicas, como a do narcotráfico e da pedofilia. Agora o senador entrou em um tema que ainda vai causar muita discussão no país, na frente parlamentar contra a liberação do uso de maconha. 
 
O senador Ricardo Ferraço (PMDB) se destaca na Comissão de Relações Exteriores. E sempre ganha espaço, quando o assunto é economia. Coordenador capixaba da campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB), pode ser um importante instrumento de mediação para os interesses do Estado se o tucano vencer a eleição. Já em caso de vitória de Dilma Rousseff, mesmo estando no PMDB, partido aliado da presidente, o senador deve assumir o papel de oposição.  
 
A chegada de Rose de Freitas (PMDB) aumenta a capacidade da bancada de negociação nacional, independentemente de quem vença a eleição presidencial. A deputada federal chega ao Senado com a pauta municipalista a tiracolo e seu interesse deve continuar sendo os prefeitos do interior do Estado, que organizam comitiva para seu gabinete em Brasília. 
 
Se no Senado a igualdade numérica beneficia a atuação dos parlamentares capixabas, diluídos entre os 513 da Câmara, os deputados federais capixabas têm muita dificuldade de se destacar, a não ser em pontos muito específicos, como Carlos Manato (SD), o mais assíduo desde que assumiu o mandato. 

 

Lelo Coimbra (PMDB) empunha a bandeira da derrubada taxa de marinha, mas a situação não consegue mobilizar o Congresso para pressionar o governo federal. Paulo Foletto (PSB) e Jorge Silva (Pros) têm menos visibilidade ainda. Tentam buscar apoio financeiro para suas regiões no Estado, respectivamente, noroeste e norte do Estado.

 

O mesmo devem fazer os novatos Sérgio Vidigal (PDT), Max Filho (PSDB) e Helder Salomão (PT), todos ex-prefeitos na Grande Vitória e com pretensões políticas para 2016. Givaldo Vieira (PT) reforça a bancada do PT, mas não tem uma marca política que o caracterize como bandeira de luta. 
 
Diferente é a situação dos dois outros novatos. Evair de Melo (PV) vem do Instituto Capixaba de Assistência Técnica, Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) e sua atuação deve ser voltada para a agricultura. Marcus Vicente (PP), ex-presidente da Federação Capixaba de Futebol, deve fazer do esporte e turismo seus focos no mandato. 

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