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Palácio silencioso

Nessa quinta-feira (16), o governador Renato Casagrande esteve em Itarana e Itaguaçu, na região serrana do Estado. Foi inaugurar escola, ponte e torre de telefonia móvel. À tarde, concedeu coletiva de imprensa para anunciar a estadualização do Funres, que passará a ser denominado Fundo de Desenvolvimento do Espírito Santo (Fundes).
 
Durante a entrevista, repetiu aquilo que falou ao UOL Notícias no início da semana, de que não vai desanimar e quer terminar o mandato com uma boa avaliação. Mas o clima político no Palácio não contribui para que o governador se recupere da ressaca eleitoral.
 
Enquanto seu sucessor, Paulo Hartung (PMDB), se movimenta intensamente tanto no campo político, arregimentando lideranças para seu grupo de apoio, e administrativamente, barrando as ações de Casagrande, o governador trabalha hoje em um Palácio Anchieta silencioso. 
 
Os sofás da ante-sala do gabinete que o digam. Antes disputados e onde se falava muito, enquanto se aguardava a audiência com o governador, hoje estão vazios, com poucos ocupantes em conversas ao pé do ouvido. É preciso recuperar-se da ressaca, Casagrande e sua equipe. 
 
O governador ganha destaque nacional justamente por ser um dos poucos que encerra a gestão com boa avaliação. Quem está no poder hoje está na berlinda. A maioria dos gestores não está sendo bem avaliada. Além disso, Casagrande se manteve como homem forte do PSB Nacional. Por isso, tem que levantar a cabeça, sacudir a poeira e dar a volta por cima. 
 
Até porque, uma vez fora do grupo de Hartung, não haverá outro caminho para ele senão se colocar em postura de oposição. Aliás, é o único em condições de reunir e comandar um grupo que proponha o debate permanente. Sem isso, o Estado terá novamente uma gestão sem qualquer tipo de contestação por parte da classe política, algo muito prejudicial à democracia.
 
 
Fragmenta:
 
1 – Dos presentes no encontro com Paulo Hartung na Assembleia, só Euclério Sampaio (PDT), Dary Pagung (PRP) e Theodorico Ferraço (DEM) foram reeleitos. 
 
2 – O capixaba está interessado nos debates, nas ruas as pessoas se acumulam em frente da TV para acompanhar a queda de braço entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
 
3 – Aliás, a eleição presidencial parece que pegou mesmo, diferentemente da eleição ao governo do Estado.

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