Depois de 15 sessões com a pauta obstruída na Assembleia, os deputados estaduais finalmente votaram nesta terça-feira (21) as urgências de projetos que foram enviados pelo Executivo e estavam paradas na pauta do Expediente da Casa. A votação aconteceu graças a um acordo costurado no colégio de Líderes da Assembleia.
Apesar de a pauta ter finalmente andado, dois projetos que são o motivo da obstrução sofreram manobras. O problema das matérias é que podem gerar gastos para o novo governo. Foram justamente os dois projetos que levaram servidores do Estado a acompanhar as últimas sessões.
O primeiro é o que altera a nomenclatura do cargo e da carreira de Agente em Desenvolvimento Agropecuário e de Técnico em Desenvolvimento Agropecuário do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf). O plenário foi esvaziado na hora da votaçaõ deste item e o quórum retomado em seguida. Os servidores esperam que o projeto possa ter uma definição sobre sua tramitação nesta quarta-feira (22). Eles devem marcar presença novamente na sessão para pressionar os deputados. O segundo é o que estabelece requisitos para ingresso nas carreiras da Polícia Militar do Estado, que teve a urgência negada.
Na sessão dessa segunda-feira (20), os deputados já davam sinais de que nesta terça haveria uma desobstrução da pauta. O deputado Sandro Locutor (PPS) havia solicitado que na reunião do Colégio de Líderes desta terça fosse definido o que seria votado e derrubado para que os trabalhos pudessem ser retomados na Casa.
O deputado Paulo Roberto (PMDB), que vem atuando como um líder não oficial do governador eleito Paulo Hatung, conversava com os deputados ao pé do ouvido na sessão dessa segunda. Ele queria articular o que passaria em urgência nesta terça. A obstrução aconteceu a pedido do governador eleito para evitar que os projetos, se aprovados, viessem a gerar gastos permanentes na estrutura do governo que começa em janeiro de 2015.
Ainda na sessão desta terça-feira, os deputados estaduais aprovaram o Plano Estadual de Cultura, projeto que é fundamental para que o Estado consiga recursos federais.