quarta-feira, fevereiro 5, 2025
24.9 C
Vitória
quarta-feira, fevereiro 5, 2025
quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Leia Também:

Democracia por via digital

Às vésperas das eleições, os políticos e outros velhacos vêm nos dizer que a urna é o símbolo máximo da democracia e que esse domingo de outubro é o dia mais importante do quadriênio porque vamos eleger nosso governante maior.
 
Sim, voto na urna é fundamental, mas só um tolo acredita que, digitando o número de um candidato, vai garantir a continuidade da democracia.
 
Ao votar o eleitor garante a continuidade do ritual básico, mas seu gesto não interfere no funcionamento do processo político, que continua no mesmo batidão viciado.   
O que garante a democracia não é o blablablá eleitoreiro, mas a participação popular efetiva, que não pode se resumir a uma ida à cabine de votação a cada dois anos. .
 
O que estão esperando os técnicos, os legisladores, os juizes eleitorais que não ampliam as formas e os instrumentos de participação dos cidadãos no encaminhamento das grandes decisões nacionais?
 
O orçamento participativo, um bom começo, foi congelado por administrações que não gostam de povo.
 
Já não está provado que a internet é uma excelente ferramenta de participação? 
 
É preciso oficializar esse processo de participação. O revolucionário Fernando Gabeira propôs isso quando passou pelo Congresso, mais de uma década atrás.
 
Nada é mais visível do que a ânsia de participação/interferência na gestão pública do que a parafernália de blogs e sites empenhados numa panfletagem diuturna.
 
As redes sociais estão cutucando os cidadãos/eleitores para que não se acomodem.  
 
A quem se alarma com a proliferação de factoides e a banalização das denúncias, é preciso dizer: melhor isso do que a paz servil das democracias cansadas, improdutivas.  
 
Em bancos, empresas, cadeias de lojas, na previdência social, nos ministérios, nas praças de pedágio, nos tribunais e nas universidades, a informática se tornou um instrumento fundamental da vida cotidiana.
 
A existência de fraudes aqui ou ali não pode ser motivo para não se mudar o batidão pervertido da administração pública.  A prática da democracia digital certamente vai contribuir para aumentar não apenas a participação popular, mas o acesso às benesses do progresso, entre elas a educação, o computador, a internet.
 
Só falta o governo fazer sua parte. Quando se diz governo, entenda-se Presidência, Congresso, Judiciário, Universidades, Imprensa, Rádio, TV, Internet e outras instituições públicas e privadas.  
 
LEMBRETE DE OCASIÃO
 
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”
 
Paulo Freire, criador da pedagogia da alternância, que se baseia em quatro práticas fundamentais: “observar”, “refletir”, “experimentar” e “transformar”

Mais Lidas