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Linhares: seminário debate racismo a negros e índios na educação

“Formar para Superar”. Esse é o eixo temático que conduzirá o I Seminário de Combate ao Racismo, que acontece em Linhares, norte do Estado. A proposta é convidar a comunidade a debater a conjuntura das opressões que negros e indígenas vivem atualmente no Brasil. Com foco na luta pela igualdade racial, o Coletivo Negrada – grupo de afrodescendentes oriundos de escolas públicas e criado dentro na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) – está à frente da realização do evento que integra o programa de extensão do Instituto federal do Espírito Santo (Ifes – Linhares)  que visa a defesa dos direitos humanos.
 
Ao todo, serão três dias de formação anti-racista com atividades dinâmicas e estratégicas na luta pela igualdade racial. “O evento propõe o debate de nossos principais objetivos: a militância de combate ao racismo institucional e social na educação pública; e a melhoria das políticas de assistência e permanência na educação para atendimentos às reais necessidades dos estudantes negros, indígenas e cotistas nas instituições de ensino superior”, explica Mirtes Santos, integrante-fundadora do Coletivo Negrada.
 
A programação do seminário inclui apresentações teatrais, palestras, mesas de discussão, minicursos com os temas: cotas na educação; o rap e a literatura no combate ao racismo; e o papel da educação na formação de uma sociedade anti-racista. Além de momentos de cineclubismo com os filmes “Você viu um negro por ai?” e “Frestas” – produzidos pelo projeto “CineKabeça” da Ufes.
 
Em época de reflexão sobre a consciência negra, com celebração em todo o dia 20 de novembro, o Coletivo ainda apresenta a proposta de não discutir o assunto apenas em épocas específicas. “É muito importante que as escolas proponham atividades de reflexão sobre o tema não só no mês da consciência negra. Defendemos e lutamos para a efetiva aplicação das Leis 10.639 e 11.645, que tratam do ensino da história e da cultura afrobrasileira, africana e indígena nas escolas” acrescenta Mirtes. 
 
A ideia do seminário nasceu da preocupação crescente em promover a transformação do olhar sobre a necessidade das políticas afirmativas para as populações negras e indígenas. 
 
Em junho deste ano, houve uma edição do evento do campus da Ufes em Goiabeira, Vitória. No total, foram cerca de 300 inscritos. A expectativa dos organizadores é de atrair um público ainda maior para este nova debate.
 
Como participar
 
Evento aberto. As inscrições podem ser feitas até o dia da realização do evento, basta acessar o site e preencher o formulário. O participante que obtiver 75% da carga horária total receberá certificado no final do seminário.

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