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Pesquisadores trabalham pela conservação dos muriquis

Proteger e conservar a os maiores primatas das Américas no Espírito Santo, contra o risco da extinção é a proposta do “Projeto Muriqui”. O programa, surgiu a 12 anos, quando uma população inferior a 100 animais foi encontrada no município de Santa Maria de Jequitibá. Diante do risco de extinção da espécie, que habita somente regiões de Mata Atlântica, pesquisadores da Ufes, sobre a coordenação do professor Sérgio Lucena, iniciaram um trabalho de monitoramento e proteção da espécie. 
 
Atualmente os pesquisadores estimam que 150 animais, divididos em 17 grupos, existam na região centro-norte, nos municípios de Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e Santa Leopoldina. Destes, cinco grupos em Santa Maria de Jetibá e um em Santa Teresa foram selecionados para o projeto.
 
Além de monitorarem o comportamento dos grupos os pesquisadores também estudam a ecologia da paisagem onde vivem e ocupação da terra no entorno, para compreender a adaptação da espécie diante de um ecossistema com interferência humana. “O estudo do ambiente pode nos indicar a probabilidade de sobrevivência do muriqui em uma paisagem tão fragmentada.”, afirma o professor. Os pesquisadores também estudam a diversidade genética da espécie, através do mapeamento do DNA dos indivíduos. 
 
“Também realizamos uma trabalho em escolas de Santa Maria de Jetibá e Santa Teresa que promove a difusão e popularização dos estudos com os muriquis”, destaca Lucena, a respeito da função educativa do programa.
 
Para afastar o risco de extinção, foi elaborado em 2013 o Plano Estadual de Conservação dos Muriquis, que institui diretrizes para a preservação da espécie em todo o Estado. “Agora temos um instrumento legal que vai orientar nossas ações de conservação da espécie”, comemora o professor. 
 
Extinção
 
Estima-se que mais de 400 mil muriquis vivam no Brasil em 1500. Hoje, com a fragmentação de seu habitat natural – a Mata Atlântica – a população foi reduziu a 3 mil animais, colocando a espécie em sério risco de extinção. Eles ocupam os estados do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Espírito Santo. No Estado, além da região centro-oeste, também há ocorrência da espécie na região do Caparaó.

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