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Espírito Santo: um em cada cinco jovens está fora da escola e do mercado de trabalho

Foi divulgada nesta quarta-feira (17) a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) de 2014. O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz um diagnóstico da realidade social do país e de suas diferentes regiões.
 
O estudo usou como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013, do Censo Demográfico 2010, e da Projeção da População do Brasil por sexo e idade 2013, do IBGE. Além dos dados do IBGE a pesquisa também se baseou em estudos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Saúde e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
 
O estudo aponta uma provável causa para os altos índices de violência entre jovens no Espírito Santo. Segundo a pesquisa do IBGE, um a cada cinco jovens capixabas não estuda e nem trabalha, representando 20% da população na faixa etária de 15 a 29 anos. De acordo com o Mapa da Violência 2014, o Estado registrou, em 2012, taxa de 101,7 mortes por grupo de 100 mil jovens nesta faixa etária – o segundo índice mais elevado do País. 
 
A constatação de que mais de 20% dos jovens do segmento etário mais vulnerável à violência estão fora do mercado de trabalho e da escola é um indicador de que as políticas públicas estão falhando. A baixa escolaridade somada à falta de qualificação torna esse jovem suscetível ao crime organizado. Sem trabalho e renda e fora da escola, boa parte desses jovens, geralmente negros e moradores de bairros situados em zonas de exclusão social, passará a servir o narcotráfico e outras organizações criminosos congêneres.
 
Educação
 
O SIS aponta grande evasão escolar no ensino superior. No Estado, 92% das crianças de 6 a 14 anos frequentam o ensino fundamental, já no ensino médio, o número de jovens de 15 a 17 anos cai para 55% e no ensino superior chega a 18% de jovens entre 18 a 24 anos.
 
 
No ensino superior também prevalece os estudantes de instituições privadas. Apenas 22% dos estudantes recebem educação pública gratuita, enquanto no ensino médio esse número é de 88%, e no ensino fundamental de 89%. 
 
 
Desigualdade entre homens e mulheres
 
Apesar da melhora na saúde, o estudo aponta que as desigualdades de gênero ainda são marcantes no país. Seguindo a tendência nacional, a mulher capixaba trabalha 57 horas por semana, 4 horas a mais que os homens, que têm carga horária de 53 horas. Boa parte desse trabalho realizado pelas mulheres está ligado as tarefas domésticas.
 
Além da jornada dupla, elas ainda têm rendimento médio inferior aos homens. Enquanto os homens que trabalham recebem salário médio de R$ 1.741,00 no Estado, as mulheres ganham R$ 1.190,00 pela realização de suas funções. Entre os trabalhadores informais a diferença é ainda mais marcante e as mulheres recebem em média 59% a menos do que os homens.
 
Saúde
 
A boa notícia vem dos dados de saúde. Ao lado de Santa Catarina, o Estado tem o menor índice de mortalidade do Brasil (10,1%). O Estado também se destaca com a terceira maior expectativa de vida (77,1 anos), atrás somente de São Paulo (77,2 anos) e Santa Catarina (78,1 anos). 

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