segunda-feira, novembro 18, 2024
21.9 C
Vitória
segunda-feira, novembro 18, 2024
segunda-feira, novembro 18, 2024

Leia Também:

Espírito Santo terá menor incidência de raios neste verão

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), prevê que o verão 2015 no Sudeste e Centro-Oeste terá incidência de raios “levemente abaixo da média”. Já nas regiões Sul, Nordeste e Norte do país, haverá aumento. As informações não têm, no entanto, relação com a estimativa de chuvas para o período, que vai até março. As estatísticas consideram dados meteorológicos e históricos, bem como as condições dos oceanos.
 
No último verão, o Sudeste registrou queda pela metade da incidência de raios em comparação a 2013. É neste período que ocorrem na região 80% das incidências de raios do total contabilizado no ano.
 
O alerta do Elat tem o objetivo informar a população sobre os riscos e, assim, reduzir o número de vítimas. Até novembro deste ano, foram 84 fatalidades no País. O número é levemente inferior ao do mesmo período do ano passado (88). Assim como em 2013, o Espírito Santo não registrou mortes este ano. 
 
As circunstâncias de mortes coincidem com as médias já encontradas pelo Elat. Morreram mais pessoas durante atividades agropecuárias (29%) e em casa (18%), o que indica um desconhecimento dos riscos durante tempestades. Há mais vítimas do sexo masculino (89%) e que viviam em áreas rurais (56%). 
 
No Estado, por ter um clima mais seco, a região norte registra menor incidência de raios do que a sul. Balanço do Elat aponta que nove pessoas morreram atingidas por raios em municípios capixabas entre 2002 e 2013.
 
As cidades do Estado com mais riscos de incidência, de acordo com o ranking nacional, é Dores do Rio Preto e Guaçui, seguidos de Divino São Lourenço, Alegre, Bom Jesus do Norte, Conceição do Castelo, Ibatiba, Ibitirama, Iúna, Jerônimo Monteiro, São José do Calçado e Irupi. 
 
O Brasil é campeão mundial em incidência de raios, com 130 mortes e 500 feridos por ano. Pesquisadores realizam estudos para diminuir a incidência de cargas elétricas, prevendo quando e onde elas vão cair. Os resultados devem ser concluídos em cinco anos. 
 
A corrente do raio pode causar sérias queimaduras e danos ao coração, pulmões e sistema nervoso central, além de uma variedade de reações eletroquímicas. A extensão dos danos depende da intensidade da corrente, partes do corpo afetadas e condições físicas da vítima e específicas do incidente. 
 
Cerca de 20 a 30% das vítimas morrem, a maioria por parada cardíaca e respiratória. Entre aqueles que sobrevivem, é comum que sofram por um longo tempo sequelas psicológicas e orgânicas, como diminuição ou perda de memória e da capacidade de concentração, além de distúrbios do sono. 
 
Cuidados
 
Durante as tempestades, o Elat recomenda procurar abrigo em carros e ônibus não conversíveis; em moradias ou prédios; em abrigos subterrâneos, como metrôs ou túneis; em grandes construções com estruturas metálicas; em barcos ou navios metálicos fechados; e em desfiladeiros ou vales. 
 
Também se deve evitar segurar objetos metálicos longos, como varas de pesca, tripés e tacos de golfe; empinar pipas e aeromodelos com fio; andar a cavalo; nadar; e ficar em grupos.        
 
Em casa, a orientação é para não usar telefone, a não ser que seja sem fio; ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas; e tocar em qualquer equipamento elétrico ligado à rede elétrica. 
 
Pequenas construções não protegidas, como celeiros, tendas ou barracos; e veículos sem capota devem ser evitados, bem como estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica. Topos de morros ou cordilheiras e de prédios, áreas abertas e estruturas altas também são áreas de risco para incidências de raios. 
 
 “Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir seus pêlos arrepiados ou sua pele coçar, indicando que um raio esta prestes a cair, ajoelhe-se e curve-se para a frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não deite-se no chão”, orienta o Grupo de Eletricidade.

Mais Lidas