Em 31 de julho de 2014, expirou o prazo, fixado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), para que a Liquiport – empresa então responsável pelo complexo de tanques – desmontasse os enormes tanques de armazenamento de combustível que construiu o alto do Morro do Atalaia, em Paul, Vila Velha. Passou um mês, passaram dois, três, seis meses – e nada. Os tanques, instalados em área residencial, causam preocupação nos moradores da área, mas continuam intocados.
“Já venceu todos os prazos e a gente não vê nada acontecendo. A empresa conta mentiras, diz que está conversando com a comunidade sobre melhorias. Mas já dissemos que não queremos os tanques aqui”, diz o presidente do movimento Comunitário de Paul, Paulo César Froes. Ele diz que, hoje, a empresa responsável pelos tanques é a TPES (Terminal Portuário do Espírito Santo S.A.).
Ainda em agosto, o Iema enviou ofício pedindo esclarecimentos sobre o motivo da atividade não ter sido iniciada; a Liquiport ignorou. Mas a Licença de Instalação (LI) da empresa continua suspensa, o que a impede de realizar intervenções no que diz respeito à tancagem. A notificação para a desmontagem foi emitida em fevereiro, ou seja, há quase um ano.
O líder comunitário que a comunidade irá ao Iema solicitar a cobrança de multa diária da empresa pelo descumprimento da determinação de desmontagem dos tanques. Também é cogitado um processo por danos ambientais, já que, diz Paulo Cesar, a construção dos tanques acarretou o desmatamento de uma área da região.
Ele informa ainda que, na posse do governador Paulo Hartung (PMDB), relatou os problemas da comunidade com o vice, César Colnago (PSDB). Este, segundo Paulo César, disse que iria se inteirar do assunto e então marcar uma reunião com os moradores.