Em um Estado que ocupa as primeiras posições no ranking de assassinato de jovens negros, militar à frente das organizações de direitos humanos e a juventude é uma batalha diária. Luiz Inácio Silva da Rocha, o Lula, vive nessa batalha desde os 15 anos de idade. Ele conta que começou a militância no movimento estudantil em Santana, em Cariacica. Hoje, prestes a completar 30 anos, assume a presidência do Conselho Estadual de Juventude (Cejuve) e a coordenação do Fórum Estadual de Juventude Negra (Fejunes).
Em entrevista ao Século Diário, que vai ao ar neste sábado (17), o militante analisa a situação do jovem no Estado e fala das expectativas dos movimentos sociais com o governo.
Lula destaca a histórica ausência de Políticas Públicas de Juventude no Espírito Santo e a omissão do poder público diante do extermínio da juventude negra. Ele também fala sobre as expectativas diante da atual gestão, que não as melhores. O militante, que acompanhou de perto a (não) política de direitos humanos do governo Hartung, teme pelos próximos quatro anos. Ele sublinha que o governador, inclusive, já começou o ano negando aos movimentos sociais qualquer forma de interlocução com a gestão.
Entretanto, o militante destaca que os movimentos sociais estão mais fortes e a reação à gestão de Hartung não será como no governo passado do peemedebista. Na entrevista, Lula também fala sobre as ações do Conselho e do Fejunes para 2015 e a renovação do movimento jovem e negro.