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Divisão do PMDB dificulta participação de Ricardo Ferraço no Senado

O PMDB do Senado saiu dividido da disputa pela presidência da Casa, que culminou com a recondução de Renan Calheiros (AL) no comando da Mesa Diretora. No meio desta divisão está o senador Ricardo Ferraço, que pode sair prejudicado na divisão dos cargos importantes. Isso porque esteve do outro lado nessa disputa.
 
Incentivado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), Ricardo Ferraço ensaiou sua candidatura à presidência como dissidente do PMDB para enfrentar Renan Calheiros. A movimentação não foi bem vista dentro da bancada e a campanha oposicionista naufragou. O senador capixaba continua muito ligado ao senador tucano Aécio Neves, mas até que ponto isso o fortalece é a dúvida do mercado político.
 
Para alguns observadores, a movimentação eleitoral de Ricardo Ferraço na verdade tinha o intuito de fortalecê-lo na disputa por comissões de destaque na Casa, mas o desgaste trazido pela reeleição de Renan Calheiros para os dissidentes pode trazer prejuízo às articulações do peemedebista. 
 
Desde 2011, Ricardo Ferraço é o presidente da Comissão de Relações Exteriores e no ano passado assumiu a estratégica Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência. A primeira rendeu ao peemedebista bastante visibilidade, em episódios como o da fuga do senador boliviano Roger Molina para o Brasil.
 
Com o partido dividido, Ricardo que é visto como um senador de futuro, mas que precisa do apoio dos colegas de bancada para emplacar em espaços de mais visibilidade corre o risco de sair chamuscado no meio dessa disputa entre os caciques do PMDB nacional. 
 
Essa discussão pode acelerar uma movimentação de bastidores articulada pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, para levar Ricardo Ferraço para a nova legenda a ser criada, o PL. Para o novo partido, o ministro também estaria de olho no governador Paulo Hartung. 

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