A frota veicular da Região Metropolitana da Grande Vitória – Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Guarapari, Fundão e Viana – passou de 754.566 mil veículos em dezembro de 2013 para 794.747 mil veículos em dezembro de 2014, ou seja, um crescimento de 5%. Há 10 anos, em dezembro de 2004, a Grande Vitória tinha 345.285 mil veículos. Os dados são do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Individualmente, os quatro principais municípios da Grande Vitória também apresentaram aumento de frota. Vitória registrou crescimento de 3% (185.427 para 191.413); Vila Velha, de 4% (190.278 para 199.241); Cariacica, 6% (131.092 para 138.879); e Serra, 7% (159.588 para 171.351). Em dezembro de 2013, havia 666.385 mil veículos nos quatro municípios; um ano depois, o número saltou para 700.884 mil veículos, um acréscimo de 5%.
De certa forma, os números explicam os engarrafamentos de todo dia na Grande Vitória. As quatro principais cidades concentram 88% dos veículos de toda a região. A combinação de um espaço físico exíguo – caso da capital Vitória e seus 94 quilômetros quadrados – com um crescimento anual regular da frota de veículos, mais um transporte público precário são os ingredientes fundamentais das retenções de trânsito.
A cada dado divulgado de número de frota veicular fica mais claro que construir pontes, fazer viadutos ou abrir ruas são expedientes de eficácia restrita. Especialistas cansam de alertar para a necessidade de investimento em transporte público, em modais alternativos (como a bicicleta) e medidas de restrição ao uso do transporte individual motorizado.
A malha cicloviária da região aos poucos se expande, mas ainda é precária e as vias não são interligadas. O Sistema BRT apareceu como um projeto palpável, mas o edital foi suspenso pela Justiça. E o governo Paulo Hartung cancelou o edital do Sistema Aquaviário. Enquanto isso, os carros invadem as ruas e a cada esquina um nasce um novo engarrafamento.