O longo período de estiagem que assola o Espírito Santo levou o município de Vila Pavão a decretar nesta quinta-feira (12) estado de calamidade pública. A prefeitura explica que o período seco atinge a subsistência e a saúde da população. A falta de água na zona rural afeta a produção agrícola e pecuária e o consumo humano e animal, ocasionando perdas das pastagens e lavouras. O decreto vale por 180 dias.
O decreto registra um levantamento realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) e pela Secretaria Municipal de Agricultura, segundo o qual a agropecuária e a agricultura de Vila Pavão amargam prejuízo de R$ 32 milhões em função da estiagem.
A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Compedc) apresentou relatório em que demonstra a atual baixa vazão hídrica dos córregos e seus leitos e diminuição de água na barragem de captação de água para sede do município. Uma reunião do conselho Municipal de Agricultura do Município, realizada em 29 de janeiro, discutiu e aprovou o encaminhamento da decretação do estado de calamidade pública.
O decreto permitirá ao município mobilizar os órgãos municipais para atuarem conjuntamente com a Defesa Civil nas ações de resposta ao combate à crise hídrica que afetou o município pavoense.
Na terça-feira (10), uma portaria do Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de emergência em nove municípios brasileiros, ente os quais Cachoeiro de Itapemirim e Atílio Vivacqua, no Espírito Santo. O motivo é o mesmo: a estiagem. O primeiro registra perdas de R$ 18 milhões no setor cafeeiro; o segundo, o prejuízo calculado é de R$ 7 milhões no mesmo segmento.
No Espírito Santo, 13 municípios já decretaram situação de emergência. Alegre, Atílio Vivácqua, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Guaçuí, Itapemirim, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Montanha, Pedro Canário, São Gabriel da Palha, São Domingos do Norte e Vargem Alta.
